O OPPO Find X9 é a definição de equilibro e harmonia, ao oferecer um desempenho de topo, num pacote completo que surpreende em quase todas as suas características.
Todos sabem que o design de um smartphone vai muito além da sua estética, já que é a forma como o dispositivo comunica a sua identidade. No caso do OPPO Find X9, este demonstra elegância funcional, atenção ao detalhe e uma sobriedade distinta, pensada para um público exigente e maduro. A OPPO reformulou completamente a linguagem de design face ao modelo anterior, onde abandonou o enorme módulo circular da câmara e optou por algo mais discreto e integrado, agora deslocado para o canto superior esquerdo e perfeitamente alinhado com o perfil do aparelho. O resultado é uma geometria limpa, com uma lógica de equilíbrio visual e funcional. Pessoalmente, considero esta mudança muito bem-vinda, e confesso que já estava um pouco cansado dos módulos de câmara gigantes, que, na minha opinião, prejudicam tanto a estética como a ergonomia.
A moldura lateral é em alumínio com acabamento acetinado, plana, mas com bordas ligeiramente angulares, o que melhora a aderência sem sacrificar as linhas elegantes. A traseira é de vidro com acabamento fosco e toque suave, resistente a impressões digitais. A versão que testei conta com a cor Preto Espacial, a única disponível, com um look profissional e uma textura mate que remete para um design industrial, com um excelente acabamento e que transmite a sensação de um produto verdadeiramente premium, feito para durar. E falando em durabilidade, o Find X9 conta com a certificação IP68, e isso significa que tem resistência a pó e água. E como o design não se resume ao aspeto físico, a marca introduziu o Snap Key, situado na lateral esquerda, que é um botão multifunções totalmente personalizável. Por predefinição, esse botão dá acesso rápido à nova função “Espaço Mental”, pode ser configurado para diversas tarefas, como abrir a câmara, tirar capturas de ecrã, ligar a lanterna, iniciar gravações de voz ou abrir aplicações.
Em termos de dimensões, o Find X9 consegue surpreender apesar da sua enorme bateria de 7025mAh, já que se mantém surpreendentemente fino, com apenas 7,99 mm de espessura e pesa 203 gramas. É um peso considerável, mas está tão bem distribuído que o telefone nunca parece desequilibrado. Se o preço a pagar por uma bateria tão generosa num corpo tão compacto é um ligeiro aumento no peso, diria sem hesitar que compensa. Por fim, o sensor de impressões digitais ultrassónico 3D, embutido no ecrã, que de acordo com a OPPO é 35% mais rápido e 33% mais preciso do que os leitores óticos anteriores. Funciona mesmo com os dedos húmidos ou sujos e, o mais importante, está colocado na posição certa.
O ecrã do OPPO Find X9 oferece uma qualidade visual que o coloca entre os melhores do mercado. Trata-se de um ecrã LTPO OLED de última geração, com 6,59 polegadas, resolução 1.5K (2760 x 1256 pixeis) e uma densidade de cerca de 460 ppi. A tecnologia LTPO permite uma taxa de atualização variável entre 1 e 120 Hz, com uma adaptação fluida e precisa ao conteúdo apresentado. Mas o que se destaca realmente é o seu brilho. O ecrã do Find X9 atinge uns impressionantes 3600 nits de pico em modo HDR, um valor que, até ao momento, o coloca entre os mais brilhantes do setor. Na prática, isto traduz-se numa visibilidade impecável, mesmo sob luz solar direta, e num contraste extraordinariamente elevado. A reprodução de conteúdos HDR é soberba em conteúdos múltimédia, já em SDR, o modo HBM permite ultrapassar os 1000 nits, garantindo uma legibilidade exemplar em qualquer ambiente.
A precisão cromática é outro ponto onde o X9 se destaca. O painel cobre 100% do espaço de cor DCI-P3, suporta profundidade de cor de 10 bits e conta com certificações HDR10+, HDR Vivid e Dolby Vision. As cores são vivas sem parecerem artificiais, o contraste é profundo e as gradações tonais são reproduzidas com uma naturalidade impressionante. É um ecrã que convence tanto em fotografia e vídeo como na utilização diária. Para além disso, o Find X9 consegue reduzir o brilho até 1 nit, ideal para leitura noturna, e utiliza modulação PWM de ultra-alta frequência (2160 Hz) para minimizar a cintilação, uma das principais causas de fadiga ocular em ambientes escuros. Estes são detalhes que fazem uma diferença real no dia a dia. Ler à noite, ver notificações numa sala escura ou usar o telefone em viagens longas torna-se simplesmente mais agradável.

No que toca ao áudio, o Find X9 conta com uma coluna principal na base e utiliza o auscultador como segundo canal, criando um efeito estéreo convincente, potente e bem equilibrado. A qualidade sonora é boa, com som encorpado, com boa separação de frequências e uma dinâmica que permite apreciar tanto música como filmes com bandas sonoras mais complexas. Os médios são claros e definidos, enquanto os graves, embora limitados pelo tamanho físico das colunas, estão bem presentes e dão corpo ao som, sem distorções artificiais. No geral, o resultado é natural e agradável. Nas chamadas e nas gravações o Find X9 também demonstra competência, com um sistema de quatro microfones, três nas laterais e um junto ao módulo da câmara, garante uma excelente captação de voz, mesmo em ambientes ruidosos. A função Sound Focus é particularmente útil, já que consegue destacar a voz principal e reduzir o ruído de fundo. Já o Modo Palco atua como uma espécie de “amplificador inteligente”, que expande o alcance do microfone para captar melhor o som ambiente em eventos ou apresentações. Ou seja, apesar de não ser revolucionária, é uma abordagem muito bem conseguida e sólida.
O setor fotográfico, a OPPO voltou à parceria já consolidada com a Hasselblad, que desempenha um papel de co-desenho, em particular no seu contributo está na calibração dos sensores, no desenvolvimento dos algoritmos, no ajuste da interface fotográfica e, claro, na ciência das cores. Neste OPPO Find X9 não temos um sensor que se destaque de todos os outros, já que temos três bons sensores de 50MP, preparados para qualquer cenário de iluminação ou distância. Capazes de resultados que impressionam com nitidez, profundidade e um efeito tridimensional que, sinceramente, não esperava ver neste smartphone. Em condições normais, o sensor telefoto, o Sony LYT-600, oferece um zoom ótico de 3x, ideal para retratos e fotografia urbana, já que conta com estabilização ótica (OIS). E as outras duas câmaras não ficam nada atrás.
A câmara principal utiliza um sensor Sony LYT-808 de 50MP, com lente de sete elementos, abertura f/1.6 e estabilização ótica (OIS). É um sensor concebido para captar mais luz e alargar a gama dinâmica a níveis de câmara profissional. A grande novidade é a Tripla Exposição em Tempo Real, que combina simultaneamente três exposições (sombras, realces e tons médios) numa única imagem. As fotografias captadas apresentam uma faixa dinâmica impecável, com textura e profundidade, sem aquele aspeto artificial de HDR forçado. À luz do dia, as imagens são excelentes, com cores vivas e realistas, nitidez impecável e micro-contraste muito bem gerido. À noite, o conjunto de grande abertura, sensor avançado e o motor de processamento LUMO Engine mostra todo o seu potencial, com o ruído a ser mínimo, os realces são controlados e o flare, tão habitual em smartphones, é quase inexistente, graças ao revestimento ótico da lente. Por sua vez, a lente ultra grande-angular utiliza um sensor Samsung JN1 de 50MP com abertura f/2.0. Aqui, a OPPO reduziu drasticamente a distorção nas bordas para garantir uma consistência cromática quase perfeita com as restantes câmaras. Alternar entre as três lentes é uma experiência fluida, sem saltos de cor, contraste ou exposição. E mesmo em fotografia noturna, este sensor ultra grande-angular mantém boa definição e cores equilibradas.
Quanto ao vídeo, todas as câmaras, mesmo a frontal de 32MP, gravam em 4K a 60 FPS com HDR, com resultados muito consistentes. A estabilização é notável quer estejamos a caminhar, a filmar ação rápida ou a trocar de lente durante a gravação, as imagens mantêm-se estáveis e fluídas. Há ainda um modo 4K a 120 FPS, disponível tanto na lente principal como na telefoto, e é o ideal para capturar movimento com detalhe e impacto, sem sacrificar a nitidez. Ou seja, no geral, o sistema fotográfico deste OPPO Find X9 é um dos tecnicamente mais equilibrados que já experimentei num smartphone.
No interior do Find X9 está o novo MediaTek Dimensity 9500, um dos mais avançados e eficientes atualmente no mercado, que utiliza uma arquitetura All Big Core de terceira geração, composta por um núcleo ultra que opera no máximo a uns impressionantes 4,21 GHz, três núcleos de alto desempenho e quatro núcleos otimizados para eficiência. A acompanhar está o novo GPU Arm G1-Ultra, o mais poderoso alguma vez integrado num chip MediaTek, e um NPU de nona geração que oferece ganhos superiores a 100% no desempenho face à geração anterior. O conjunto é complementado por 12GB de RAM LPDDR5X e armazenamento interno UFS 4.1, o que se traduz em velocidades de carregamento quase instantâneas e utilização multi-tarefa fluida.

Mas o grande destaque é a integração com o Trinity Engine, desenvolvido em colaboração direta com a MediaTek. Este “motor de software” atua em tempo real, ajustando a distribuição de recursos entre CPU, GPU e memória, prevendo cargas de trabalho e adaptando as frequências conforme necessário. O resultado é um smartphone que responde sempre com rapidez, sem aquecer em excesso ou consumir energia de forma desnecessária. Nos mea testes, o Find X9 manteve um desempenho ótimo mesmo sob stress, quer em longas sessões em Genshin Impact, quer durante gravações prolongadas em 4K HDR. Em parte graças ao seu sistema de dissipação térmica, que recorre a uma câmara de vapor de 36.000 mm² que cobre os componentes críticos, aliada a uma grelha ultra-fina de aço inoxidável para melhorar a condutividade do calor. No uso diário, é fantástico de utilizar. Tudo é rápido, fluido e previsível, no bom sentido da palavra. Há sempre aquela sensação de que o telefone está pronto para acompanhar o que lhe pedirmos, sem hesitar.
Em termos de ligações, o Find X9 está preparado para o futuro, já que suporta Wi-Fi 7 e Bluetooth 6.0, ambos padrões de última geração. A porta USB-C 3.2 Gen 1 assegura transferências rápidas e compatibilidade com monitores externos de alta resolução. E, naturalmente, o NFC está presente, bem como um sistema de geo-localização de alta precisão compatível com GPS, GLONASS, Galileo, BeiDou, QZSS e NavIC. Tudo isto resulta numa experiência de rede impecável, seja em streaming, navegação, jogos online ou video-conferências. O sistema Dual SIM híbrido (físico + eSIM) é igualmente inteligente, gerindo de forma automática e eficiente a ligação mais estável em cada momento.
O OPPO Find X9 vem equipado com uma bateria de silício-carbono de terceira geração com 7025mAh, que só não é a maior alguma vez integrada num modelo da série Find X, porque o Find X9 Pro conta com uma bateria de 7500mAh. E o seu desempenho é, sem exageros, impressionante. Com uso misto, com muitas notificações, redes sociais, fotografia, vídeo, navegação e até algum jogo ocasional, é perfeitamente possível chegar ao final do segundo dia com carga acima dos 20%. Em cenários mais moderados, ultrapassar as 48 horas de autonomia não é uma tarefa difícil. O que mais me surpreendeu, porém, foi a consistência, uma vez que a bateria não se descarrega de forma irregular, não sofre quedas súbitas sob carga e mantém um consumo estável mesmo em tarefas exigentes. Para dar um exemplo concreto, uma hora de jogo em Genshin Impact consome cerca de 11% da bateria, o que significa, pelo menos em teoria, quase 10 horas de jogo contínuo. E mesmo quando a bateria se esgota, o carregamento é rápido o suficiente para quase fazer esquecer o problema. O sistema SUPERVOOC de 80W permite atingir 42% em apenas 10 minutos, e a carga completa demora cerca de 45 minutos. Já o carregamento sem fios AIRVOOC de 50W é igualmente eficaz, e inclui ainda carregamento reverso de 10W, útil para dar energia a acessórios como auriculares ou até outro smartphone compatível. Há também suporte para o padrão USB Power Delivery (PD) até 55W, o que garante flexibilidade caso utilizes carregadores de terceiros. A autonomia do Find X9 revela-se assim um dos pontos de destaque a considerar na sua escolha, já que é raro encontrar um smartphone tão avançado e, ao mesmo tempo, tão eficiente e previsível na gestão de energia.

Num mercado onde as especificações técnicas dos principais smartphones já são muito semelhantes entre si, o sistema operativo e, sobretudo, a interface de utilizador, tornaram-se o verdadeiro elemento diferenciador. Entra assim em cena o ColorOS 16, baseado no Android 16, que representa um bom salto qualitativo de um dos sistemas mais refinados que a marca já produziu. E entre as novidades mais interessantes temos o Espaço Mental, um espaço digital pessoal, algo entre um quadro branco e um caderno inteligente, onde é possível reunir capturas de ecrã, gravações de voz, imagens e links. Cada elemento pode ser etiquetado, associado a contactos ou projetos e editado a qualquer momento. É uma ferramenta que mistura produtividade e criatividade, e que oferece uma forma visual e intuitiva de organizar ideias e conteúdos. A integração com o novo Snap Key, o botão físico situado na lateral esquerda do dispositivo, reforça essa abordagem centrada no utilizador. Totalmente personalizável, permite criar atalhos imediatos, com um toque para capturar o ecrã, dois para aceder ao Espaço Mental, ou uma pressão longa para iniciar uma gravação de voz ou acionar o assistente. Para quem preferir outra função, é possível redefini-lo para tarefas diferentes, como abrir uma aplicação específica ou ativar o modo silencioso.
O ColorOS 16 continua também a oferecer uma vasta gama de opções de personalização, que vão desde temas, estilos de ícones e animações do sistema, até ao Always-On Display interativo com widgets funcionais. O sistema inclui ainda modos de foco, gestão inteligente de notificações e perfis adaptativos que ajustam o comportamento do telefone consoante o contexto. Por fim, há um compromisso sólido com a longevidade do software, uma vez que foram prometidos cinco anos de atualizações de segurança e cinco versões principais do Android. Não atinge o recorde de alguns concorrentes (7+7), mas ainda assim posiciona-se entre os melhores programas de suporte no universo Android.
Todos os anos, o mercado de smartphones é inundado com novos modelos de topo, cada um com o seu próprio discurso e conjunto de inovações. No entanto, apenas alguns conseguem realmente distinguir-se, ir além da soma das suas especificações técnicas e transmitir uma sensação de identidade e coerência. O OPPO Find X9 é, a meu ver, um desses raros exemplos. Não há um único componente que se imponha aos restantes, tudo, desde o design ao software, passando pela câmara, o desempenho e a autonomia, trabalha em perfeita harmonia. E é precisamente essa harmonia que torna a experiência de utilização tão marcante. O seu ecrã é capaz de ser mesmo um dos melhores do mercado, as câmaras situam-se num patamar de excelência, o processador Dimensity 9500 surpreende por um desempenho fluido, pela eficiência energética e pela estabilidade térmica. O design é ao mesmo tempo moderno e discreto, com uma solidez que inspira confiança. E já o ColorOS 16 é o reflexo de um software que atingiu um ponto elevado de maturidade, sendo intuitivo, consistente e repleto de funcionalidades realmente úteis, com o Espaço Mental a destacar-se como uma das mais inspiradas. Depois há uma bateria de 7025mAh, que redefine o que esperamos de um smartphone topo de gama. Dois dias reais de autonomia, sem truques nem compromissos. É o tipo de detalhe que transforma um bom dispositivo num companheiro fiável. Para terminar, tudo isto encontra-se num valor que para o seu patamar considero bastante competitivo, ao apresentar-se à venda por 999,99€.

Este produto foi cedido para análise pela OPPO
