Netflix quer inteligência artificial em várias áreas da sua operação

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A Netflix revelou detalhes de como quer aplicar tecnologias generativas em produção audiovisual, na recomendação de conteúdos e na publicidade.

A Netflix comunicou aos seus acionistas, no seu mais recente relatório financeiro, que as tecnologias baseadas em inteligência artificial passarão a ter um papel mais estruturado na sua estratégia interna, abrangendo tanto a criação de conteúdos como os processos de recomendação e publicidade.

De acordo com a empresa, a tecnologia já tem sido utilizada há vários anos para suportar algoritmos de recomendação e sistemas de produção, mas o novo plano passa por ampliar esse uso para incluir ferramentas de IA generativa, aplicadas em diferentes fases do desenvolvimento de filmes e séries.

Entre os exemplos mencionados, a Netflix refere a utilização de modelos generativos durante a pré-produção da série Billionaires’ Bunker, onde foram exploradas variações de figurinos e cenários, e em Happy Gilmore 2, que recorreu à tecnologia Eyeline, desenvolvida internamente, para rejuvenescimento digital de personagens. E na série The Eternaut, onde a empresa recorreu a IA generativa para criar numa sequência que retratava o colapso de um edifício.

A plataforma publicou também um conjunto de diretrizes destinadas aos criadores que utilizem estas ferramentas, com o objetivo de enquadrar o seu uso dentro de práticas consideradas responsáveis, uma vez que o uso de inteligência artificial generativa continua a ser um tópico controverso e algo de críticas tanto por equipas de produção, artistas e consumidores.

Para além da produção, a Netflix indicou que continua a usar aprendizagem automática nos seus sistemas de recomendação e que está a testar uma nova função de pesquisa conversacional, permitindo aos utilizadores procurar títulos através de linguagem natural. Esta tecnologia está igualmente a ser aplicada na tradução automática de materiais promocionais, facilitando a distribuição internacional dos conteúdos. Outro tema delicado e preocupante, que poderá tornar redundante alguns postos de trabalho em todo o mundo.

Na área da publicidade, a empresa tem planos para utilizar estas ferramentas para gerar formatos dinâmicos e personalizar a apresentação de anúncios, otimizando a planificação e medição de campanhas. De acordo com o CEO Ted Sarandos, a integração da tecnologia reflete uma decisão estratégica de longo prazo. Numa declaração incluída no relatório, afirmou que acredita que a IA poderá “ajudar a contar melhores histórias, mais rapidamente e de novas formas”, embora tenha sublinhado que a prioridade é garantir o uso controlado destas ferramentas.

Joel Pinto
Joel Pinto
Joel Pinto é profissional de TI há mais de 25 anos, amante de tecnologia e grande fã de entretenimento. Tem como hobbie os desportos ao ar livre e tem na sua família a maior paixão.
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