Esta transação é considerada a maior compra privada em dinheiro vivo da história, mas mantem Andrew Wilson como CEO da editora
A Electronic Arts (EA) confirmou que será adquirida por um consórcio de investidores composto pelo Public Investment Fund (PIF) da Arábia Saudita, Silver Lake e Affinity Partners, num negócio avaliado em cerca de 55 mil milhões de dólares. Esta trata-se da maior transação “all-cash” – em dinheiro vivo – de sempre, colocando a editora fora dos mercados públicos.
Com acordo, o grupo vai adquirir 100% da EA, com o PIF a converter a sua atual participação de 9,9% na empresa. Os acionistas da EA irão receber 210 dólares por ação em dinheiro, o que representa um prémio de 25% face ao valor de fecho de 25 de setembro de 2025 e acima do máximo histórico não afetado de 179,01 dólares registado a 14 de agosto. Após a conclusão, as ações deixarão de ser negociadas em bolsa.
A EA continuará a ser liderada por Andrew Wilson, que mantém também o cargo de presidente, e manterá a sua sede em Redwood City, Califórnia. O fecho da transação está previsto para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2027, ainda sujeito a aprovações regulatórias e dos acionistas.
O negócio será financiado por cerca de 36 mil milhões de dólares em capital próprio, distribuídos entre os três investidores, e 20 mil milhões de dólares em dívida garantida pelo JPMorgan Chase, dos quais 18 mil milhões deverão ser aplicados no momento do fecho.
A Affinity Partners, envolvida no acordo, é uma firma norte-americana de investimento fundada em 2021 por Jared Kushner, genro do atual presidente dos Estados Unidos da América, e com sede em Miami, que passará a ser um dos detentores da EA.
O anúncio desta compra surge numa altura crítica para a editora, a poucos dias do lançamento de Battlefield 6 e depois de colocar no mercado EA Sports FC 26 e Skate. A curto-médio prazo, a EA prepara um conjunto de jogos internos, entre os quais se destacam um novo Mass Effect na BioWare, o terceiro capitulo da saga Star Wars Jedi na Respawn e Iron Man na Motive. O resto das franquias que se consideram atualmente adormecidas, poderão ter o seu futuro, agora, condicionado.