Ryanair abre novas rotas em Portugal no inverno de 2025, mas critica falta de capacidade em Lisboa

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Enquanto Porto, Faro e Madeira recebem reforços, Lisboa volta a ficar sem crescimento na operação de inverno 2025 da Ryanair, devido a custos e limitações da ANA.

A Ryanair apresentou esta quinta-feira, 18 de setembro, o seu plano de operações para o inverno de 2025 em Portugal. A companhia aérea irá disponibilizar 121 rotas, incluindo quatro novas ligações a partir do Porto, Faro e Madeira, além do reforço de frequências em mais de 30 destinos já existentes. O plano contempla ainda a colocação de duas novas aeronaves nas bases da Madeira e de Faro durante a época de inverno, numa estratégia que visa consolidar o tráfego regional.

Em contraste com a expansão nos aeroportos regionais, Lisboa ficará de fora dos planos de crescimento. A transportadora irlandesa justifica esta decisão com o nível elevado das taxas praticadas pela ANA – Aeroportos de Portugal e com a ausência de medidas para aumentar a capacidade da Portela. Segundo a companhia, estas limitações continuam a travar o desenvolvimento do tráfego aéreo, do turismo e da criação de emprego na capital.

A Ryanair defende que o Governo deve acelerar a expansão do Aeroporto Humberto Delgado e pressionar a ANA a rever as suas tarifas, criticando ainda a proposta de financiar antecipadamente o futuro aeroporto de Alcochete através do aumento das taxas em Lisboa, uma infraestrutura que, sublinha a empresa, apenas deverá ser suportada pelos utilizadores quando estiver operacional.

Apesar do impasse em Lisboa, a companhia estima transportar cerca de 14 milhões de passageiros em Portugal em 2025, um aumento de 6% face ao ano anterior. Foram igualmente apresentados planos que apontam para a duplicação do tráfego no país até 2030, atingindo os 28 milhões de passageiros anuais. Para tal, a Ryanair prevê integrar 16 novas aeronaves Boeing 737 MAX-10 e criar 500 postos de trabalho em funções de pilotos, tripulantes e engenheiros. Este crescimento, contudo, está condicionado a mudanças na gestão da capacidade aeroportuária e na política de taxas.

Michael O’Leary, presidente executivo da companhia, reforçou a posição crítica em relação a Lisboa: “A Ryanair continua a investir nos aeroportos regionais de Portugal neste inverno, com 121 rotas, incluindo quatro novas ligações – Porto-Gotemburgo, Porto-Varsóvia, Faro-Cracóvia e Madeira-Shannon – e frequências adicionais em mais de 30 destinos. Serão ainda posicionadas duas aeronaves adicionais na Madeira e em Faro, num investimento de 200 milhões de dólares. Infelizmente, Lisboa não terá qualquer crescimento devido às taxas excessivas e à falta de capacidade na Portela.”

O responsável reiterou o apelo ao Govern para que avance com a expansão do aeroporto da capital e evite penalizar os passageiros com o financiamento antecipado do projeto de Alcochete. Sem alterações nestas condições, sublinhou, a companhia poderá redirecionar a sua estratégia de crescimento para outros mercados europeus onde os custos operacionais sejam mais competitivos.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopeshttps://echoboomer.pt/
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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