O Spotify quer chegar aos mil milhões de utilizadores com maior rentabilidade no horizonte.
A era da expansão a qualquer custo parece ter chegado ao fim no Spotify. Depois de anos a privilegiar o crescimento e a acumulação de utilizadores, a plataforma sueca de streaming de música entrou numa nova fase: a da rentabilidade. E a mensagem transmitida revela que haverá menos tolerância… e mais rigor.
O primeiro sinal vem dos preços, uma vez que a plataforma aumentou o valor da assinatura individual em diversos mercados, numa tendência que dificilmente ficará por aqui. Alex Norstrom, copresidente da empresa, já admitiu que os aumentos regulares fazem parte da estratégia de negócio, com o duplo objetivo de reforçar as margens de lucro e financiar inovações. Depois de regressar aos resultados positivos em 2024, o Spotify quer manter essa trajetória, apontando a uma meta simbólica de mil milhões de utilizadores.
Mas o aperto não fica pelo valor das mensalidades. A empresa abriu guerra às versões piratas da aplicação, que permitem usufruir das funcionalidades premium, como uma experência sem anúncios, passar de faixa em faixa, entre outras vantagens, mas sem pagar. Desde março de 2025, o Spotify tem vindo a bloquear de forma agressiva contas que recorrem a estas aplicações, tornando-as inutilizáveis. Ao mesmo tempo, a empresa acionou a legislação de direitos de autor para forçar a remoção de ferramentas de hacking em plataformas como o GitHub, movendo-se contra grupos conhecidos de modders.
Além, a plataforma irá também focar-se nos planos partilhados. O Spotify vai reforçar a verificação de endereço no plano Família, exigindo que todos os membros residam efetivamente no mesmo lar.
A ideia que passa parece ser muito clara: a partir de agora, o Spotify não quer ser apenas a maior plataforma de música digital do mundo, mas também uma das mais lucrativas.