Kodak desmente rumores de falência e prevê reforço financeiro no início de 2026

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A Kodak assegura que mantém operações estáveis, prevê liquidar ou refinanciar toda a sua dívida até ao início de 2026 e confirma que cumprirá integralmente as obrigações com os fundos de pensões.

A Kodak reagiu publicamente às recentes notícias que indicavam um possível encerramento da empresa, insolvência ou pedido de proteção contra credores, classificando-as como incorretas e descontextualizadas. Segundo a companhia, estas informações resultam de uma leitura errada de um ponto técnico incluído no relatório de resultados do segundo trimestre entregue à SEC, entidade reguladora dos mercados financeiros nos Estados Unidos.

A empresa sublinha que não existem planos para cessar operações, encerrar atividade ou avançar para um processo de insolvência, afirmando que conseguirá liquidar, prolongar ou refinanciar a totalidade da sua dívida e ações preferenciais dentro dos prazos estabelecidos. A projeção da companhia é que, após a conclusão das operações financeiras em curso, prevista para o início de 2026, a sua posição financeira seja a mais sólida dos últimos anos, praticamente eliminando a dívida líquida.

No relatório entregue à SEC, surge uma “declaração de continuidade”, uma exigência técnica prevista nas normas contabilísticas internacionais. Este procedimento obriga as empresas a indicar se existe algum fator que possa comprometer a sua capacidade de manter atividade operacional no futuro. A Kodak garante que tal menção não reflete qualquer risco iminente de colapso e que continuará a cumprir todas as obrigações para com os beneficiários dos fundos de pensões.

Já o processo de encerramento do plano de pensões, em preparação há vários anos, deverá ser finalizado em dezembro de 2025. Após satisfazer integralmente os compromissos com todos os participantes, a empresa espera receber cerca de 500 milhões de dólares em ativos – aproximadamente 300 milhões em numerário e 200 milhões em investimentos que serão convertidos em liquidez.

Atualmente, a Kodak possui 477 milhões de dólares de dívida de longo prazo e 100 milhões em ações preferenciais. As condições contratuais obrigam a empresa a aplicar os 300 milhões provenientes do encerramento do plano de pensões na amortização de parte da dívida. Depois desta operação, ficarão em aberto cerca de 177 milhões de dólares de dívida e os 100 milhões em ações preferenciais.

A companhia afirma ainda que as suas operações se mantêm estáveis e autossustentáveis. No segundo trimestre de 2025, utilizou apenas 3 milhões de dólares em liquidez, essencialmente para investir em iniciativas de crescimento, o que representa uma melhoria face ao trimestre anterior. A Kodak esclarece que não irá recorrer aos fundos do plano de pensões para financiar a sua atividade corrente.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopeshttps://echoboomer.pt/
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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