A Xiaomi começou a dificultar o acesso ao desbloqueio do bootloader dos seus equipamentos.
A Xiaomi descontinuou oficialmente o desbloqueio do bootloader para diversos equipamentos, após a desativação dos servidores dedicados a modelos antigos. A medida afeta todos os dispositivos sem suporte para o HyperOS, impossibilitando modificações profundas ao sistema nestes modelos.
Entre os aparelhos atingidos estão o Xiaomi Mi Mix original, todos os modelos equipados com processadores Snapdragon da série 600 ou inferiores, tablets até à quarta geração, a linha Max, smartphones lançados antes da série Redmi Note e toda a família Redmi 6 ou anterior.
Com o encerramento dos servidores para este procedimento, qualquer equipamento da marca sem HyperOS deixa de ter a possibilidade de ter o bootloader desbloqueado. A empresa alerta que tentativas de alterar, ou reinstalar, partições de segurança poderão causar danos irreversíveis, sem hipótese de reparação. Esta política foi justificada pela fabricante como forma de reforçar a segurança dos utilizadores e prevenir usos não autorizados. A Xiaomi admite poder estender estas restrições a gamas de hardware mais recentes, sinalizando uma postura mais restritiva face à personalização do sistema.
Já os dispositivos com HyperOS – nas versões UI12, UI13, UI14 e OS1 – mantêm, para já, a opção de desbloqueio do bootloader, embora sujeita a novas limitações e a um processo mais complexo. Ao mesmo tempo, a via tradicional de downgrade através do Fastboot tornou-se obsoleta na maioria das regiões. Outra mudança relevante é a restrição que limita a um único desbloqueio de bootloader por utilizador, por ano, medida que reduz substancialmente as opções de programadores e entusiastas de ROMs personalizadas.