A greve prolongada na SPdH/Menzies ameaça diversas operações nos principais aeroportos portugueses.
Uma greve convocada pelos trabalhadores da SPdH/Menzies, empresa anteriormente conhecida como Groundforce, começa esta sexta-feira, 25 de julho, e deverá causar diversas perturbações nos aeroportos portugueses durante cinco fins de semana consecutivos.
A paralisação, promovida pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), arrancou às 00h de sexta-feira e estende-se até à meia-noite de segunda-feira, abrangendo os dias 25 a 28 de julho. Em agosto, os protestos repetem-se nos fins de semana entre 8 e 11, 15 e 18, 22 e 25, e entre 29 de agosto e 1 de setembro.
Os sindicatos exigem melhorias nas condições laborais, denunciando situações como salários base inferiores ao mínimo nacional, falta de pagamento de horas noturnas e o fim de benefícios como o acesso gratuito ao estacionamento, que, segundo os representantes sindicais, tem vindo a ser retirado injustamente. Muitos trabalhadores auferem vencimentos abaixo dos 820€ mensais, valor considerado incompatível com as responsabilidades assumidas nas operações aeroportuárias.
Para mitigar o impacto da greve, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social definiu um conjunto de serviços mínimos obrigatórios. Estão assegurados apoios em escala a voos essenciais – como ambulâncias aéreas, operações de emergência, voos militares e estatais – e ligações que se encontrem em curso à hora do início da greve e cujos destinos sejam aeroportos assistidos pela SPdH. Também foi determinado que as rotas entre o continente e as regiões autónomas – incluindo voos Lisboa–Ponta Delgada, Lisboa–Terceira, Lisboa–Funchal, Porto–Madeira e Porto–Ponta Delgada – devem continuar operacionais, por se tratarem de ligações vitais à coesão territorial.
Até ao momento, a administração da SPdH/Menzies não emitiu qualquer comentário oficial sobre a greve, nem sobre as medidas previstas para lidar com eventuais disrupções. Fontes do setor admitem, no entanto, que a paralisação poderá provocar atrasos e falhas em serviços como o carregamento de bagagens, assistência a passageiros e movimentação de aeronaves.
