Sines Sea View Business & Leisure: mais do que um hotel – um lugar com alma, à beira-mar em Sines, e com uma jóia gastronómica

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O Sines Sea View Business & Leisure não é apenas um hotel. É um convite para ver o Alentejo com novos olhos – mais profundos, mais atentos, mais disponíveis para uma imersão no encanto do mundo real.

Num país onde o litoral está cheio de postais repetidos, Sines surge como uma surpresa. A maioria conhece o nome – pela história, pela indústria, talvez pelo Festival Músicas do Mundo -, mas poucos imaginam o que acontece realmente quando se chega lá. Foi precisamente isso que quisemos perceber ao (re)visitar o Sines Sea View, um hotel de quatro estrelas com vista privilegiada para o mar (a sua arquitetura em “U” assim favorece) e para o coração da cidade. Aberto desde novembro de 2022, o Sines Sea View Business & Leisure tem 120 quartos, 3 bares (Lobby Bar, Roof Top Bar Mar à Vista e um bar de apoio a congressos, festas empresariais, etc, junto ao auditório (mas já lá iremos com mais pormenor).

Este hotel com uma forte componente de business foi pensado para capacitar a cidade de alojamento, em função da elevada procura que tem todo o ano. A cidade tem muito dinamismo e muitos dos clientes vêm em contexto profissional.

O Sines Sea View dispõe de um auditório e mais duas salas, bastante utilizados para eventos que, em dois anos, já ultrapassaram as três centenas, um número que, só por si, demonstra uma confortável centralidade deste equipamento e da sua vitalidade naquela que é uma das cidades industrilizadas, mas também das mais interessantes atualmente, do ponto de vista turístico, da costa marítima portuguesa.

Depois, e este é o ponto central de qualquer hotel, o Sines Sea View Business & Leisure oferece modernidade e conforto que agradam ao primeiro olhar. Com uma arquitetura contemporânea, amplo átrio com decoração de estilo minimalista e confortável onde brilham matizes marítimos e terrosos, piso subterrâneo para cómodo estacionamento, este hotel de três pisos dotados de uma ampla abertura central com parapeitos acrílicos oferece quartos de grande conforto e bem equipados. O nosso era um quarto duplo com cama de casal: casa de banho com duche moderno, logo à entrada, de um lado do hall um roupeiro de quatro portas com iluminação interna, do outro, a cama larga e confortável, com colchão de elevado conforto, secretária, poltrona de apoio, todo o espaço dispondo de iluminação led e, a joia da coroa, uma belíssima varanda com mesa e duas cadeiras de exterior, voltada a Sul, com o mar ao fundo. O quarto dispõe, ainda, de ar condicionado, telefone interno com ecrã digital, cofre e bar-frigorífico.

Mas o que encontrámos foi muito mais do que uma estadia confortável: encontrámos um projeto com identidade, paixão e uma ligação genuína ao território. E tudo isso ficou claro nas histórias que o general manager do Sines Sea View, Pedro Proença, gentilmente partilhou connosco, num olhar único sobre a cidade, o Alentejo e as experiências que fazem desta região um segredo para se conhecer e amar.

Há arte, há trilhos, há pão quente, há vinho que estagia no fundo do mar, há encontros improváveis com senhoras que fazem renda numa igreja e oferecem os seus préstimos de cicerone, além de cafés perdidos no tempo onde o toucinho parece uma obra de arte. Sines não quer competir com ninguém. Quer apenas mostrar o que é – e é isso que o torna tão especial.

Cultura à vista (de mar)

Logo ao entrar no Sines Sea View, sente-se que há uma alma própria, que figura na intenção dos detalhes. O hotel acolhe duas instalações artísticas nas áreas comuns, fruto de uma colaboração com o Centro Cultural Emmerico Nunes, uma instituição de referência na cidade. Uma das exposições homenageia Alberto, figura marcante de Sines, e outra presta tributo ao próprio Emmerico Nunes, caricaturista de excelência. O objetivo? “Dar alegria ao espaço e contar a história da cidade através da arte”, explica o manager.

Além disso, está em curso um plano para integrar fotografias históricas da década de 1930, cedidas pelo arquivo cultural de Sines. “Os nossos hóspedes apreciam essas particularidades, gostam de sentir que estão num lugar com identidade”, afirma.

O SPA do Sines Sea View, com uma bonita piscina interior em tons de azul, aquecida, oferece uma perfeita harmonia com o relaxamento e o descanso mais desejados, sendo um dos espaços favoritos de quem ali trabalha e, claro, dos clientes. Como é costume, o SPA é de livre acesso e, acreditem, uma experiência que vale bem a pena. Já os tratamentos e as massagens têm um preçário, mas são serviços disponibilizados com grande qualidade e que premeiam quem procura, de facto, uma experiência zen e revigorante. “É acolhedor, envolvente, bonito – um refúgio dentro do hotel.” Com três salas de tratamentos, duas terapeutas residentes e freelancers que reforçam o serviço conforme a procura, o espaço atrai tanto hóspedes como residentes da cidade.

Volta do Mar: Gastronomia com Horizonte e Identidade

A joia gastronómica do Sines Sea View é o seu restaurante, que dá pelo nome de Volta do Mar. Aqui, há um ambiente vibrante, desde logo, ao pequeno-almoço. De facto constatámos que o Sines Sea View é um hotel onde converge toda uma clientela diversa, desde turistas em lazer a equipas de futebol. Com espaços mais recatados capazes de acomodar grupos combinando com outros mais amplos, servidos de largas mesas redondas junto às janelas panorâmicas, começa-se logo por ter um buffet de pequeno-almoço digno de rei. Ali nada falta. Aliás, é impossível enumerar tudo: de um lado, diferentes tipos de pão, croissant, donuts, bolos fatiados, panquecas, torradas… Do outro, os elementos de um bom e imprescindível british breakfast, desde ovos confecionados de toda a forma, bacon, salsichas, baked beans… Ao longo do balcão, chás, sumos, café e outras bebidas… Ao centro, fiambres, queijos, leite, iogurtes, uma enorme variedade de frutas, compotas, marmeladas… – tudo exatamente assim, no plural, em abundância e da melhor qualidade.

Depois, o serviço e carta de almoço e jantar do Mar à Vista são outro grande atrativo deste Sines Sea View Business & Leisure. Como relembra o general manager, “durante a semana temos entre 35 a 50 jantares com facilidade. Ao domingo é mais tranquilo, mas há sempre movimento”.

O Volta do Mar homenageia o mar e as rotas da descoberta portuguesa – não apenas no nome, mas em cada prato. O menu do restaurante, que é extenso, foi recentemente brindado com algumas novidades. Para começar, provámos o couvert: Pão de Massa Mãe, crocante e artesanal, acompanhado de uma delicada Manteiga de Algas, Patê de Azeitona e um intenso Picadinho de Algas. Pudemos comprovar que a manteiga de algas é, de facto, uma delícia.

De seguida, como entradas, mandámos vir dois clássicos com alma de tradição mas renovados pela irreverência da nova culinária: a Sapateira sobre Filhós de Forma e Chutney de Pepino, e o Alhinho no Camarão. Estas duas propostas revelaram-se memoráveis: a Sapateira é um prato bastante criativo e surpreendente, já que funde mar e doçaria alentejana com um toque ácido e crocante, com a filhós convertida para uma versão, digamos, salgada. O clássico Alhinho no Camarão é preparado com mestria, sem excessos, e com o sabor puro do marisco fresco saído, literalmente, do prato para a mesa.

Outras opções interessantes, onde brilham também outras propostas e que vão tendo sempre algo de novo, são a Salada Quente de Bacalhau com Grão Frito e Demiglace, os Croquetes de Javali com Pickle de Cebola Roxa ou o Torricado de Pimentos Assados com Ovo Estrelado. As Sopas mantêm o tom de conforto e tradição, com o Creme de Legumes da Horta e uma legenda da culinária de Sines, a Sopa de Peixe da Nossa Costa.

A nossa experiência foi continuando pela tarde dentro, num almoço luminoso, na enorme sala do restaurante, a dar para um jardim (a parte interior do “U”) coroado por um magnífico céu azul.

Propõe-se então uma viagem que vai “do mar para o prato”, “do campo para o prato” e “da natureza para o prato” (opções vegetarianas). Nos principais, não resistimos à elegante Corvina Rainha, fresquíssima, servida sobre um suave Puré de Bolbo de Aipo e acompanhada de um aromático Escabeche de Algas, uma composição que é ao mesmo tempo leve e sofisticada, com sabores do mar bem equilibrados.

Mas atenção, a secção Do Mar para o Prato é riquíssima. Surgem sugestões como a Bochecha de Raia com Molho Caril e Naan Caseiro, o Robalo Corado com Molho à Espanhola e Açorda de Alho e Coentros, o Polvo Assado com Puré de Milho Noisette e Grelos e uma generosa Cataplana de Peixe e Camarão da Nossa Costa.

Com enfoque vegetal, a secção Da Natureza para o Prato oferece o surpreendente Arroz Cremoso de Alface do Mar com Balsâmico de Maçã, os elegantes Gnocchis de Pão Alentejano com Puré de Agrião e Burrata, e a criativa Batata Crocante com Puré de Aipo, Amêndoas e Folhas Verdes.

Do campo, testámos a suculenta e rica Bochecha de Porco, que nos fez recuar aos saudáveis paladares dos guisados das nossas avós, repousando num aveludado Puré de Chuchu e servida com Acelga Salteada, num prato de grande profundidade gustativa. Ainda do lado Do Campo para o Prato, sobressaem outros pratos, como o imponente Costeletão de Vitela Alentejana, o Lombo de Vaca com Batata Gratin Frita e Cebola Roxa, e o Franguinho no Churrasco com Molho à Alentejana.

Na vertente Street Food, é possível encontrar um suculento Hambúrguer Grelhado com Cheddar, Pickles e Mayo de Cebola Tostada, ideal para uma refeição mais descontraída. Como Acompanhamentos, note-se, estão disponíveis opções como Batata Frita Caseira, Arroz Basmati com Cardamomo, Salada Verde e Legumes Salteados. Testámos a batata frita caseira, excelente, sem gordura, de um sabor sem par.

Para encerrar, são duas as Sobremesas que nos vão ficar sempre na memória: o Pão de Ló de Chocolate Branco, húmido e leve (e muito guloso), e o indulgente Pudim de Croissant com Creme Inglês, uma reinvenção de conforto e doce nostalgia parisiense, perfeita para terminar uma refeição de verdadeiro requinte.

A secção das Sobremesas pode oferecer ainda outros finais felizes, como a delicada Baba de Camelo com Amêndoa, Tonka e Framboesa, o curioso Espresso Martini “Tiramisu” e a leve Fruta Laminada. E a carta de bebidas? Harmoniza de forma exímia com a cozinha do restaurante. Durante a nossa refeição, acompanhámos os pratos com o vinho tinto Terras de Baco (2023), da Adega de Portalegre, um Vinho Regional Alentejano que junta castas como Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet. De taninos suaves e aromas a frutos vermelhos maduros, este vinho revelou-se equilibrado, com final fresco e persistente – perfeito tanto para os pratos de carne como para acompanhar o couvert e as entradas mais intensas.

Quem quiser, pode dar uma espreitadela à carta de cocktails e de outras bebidas, onde encontrará ótimas sugestões para acompanhar qualquer momento da refeição ou outras ocasiões, para retemperar forças ou descansar um pouco, até porque o Volta do Mar dispõe de bar na entrada, em proximidade com o átrio do Sines Sea View. Assim, entre as bebidas de verão propõem-se clássicos e criações originais, entre elas alguns cocktails temáticos, como o Coastal Kiss, disponível, por exemplo, no magnífico Rooftop Bar à Vista, no topo do edifício.

Por falar em vista… Este bar é um dos espaços imperdíveis do Sines Sea View. Munido de guarda-sóis e confortáveis assentos, deste incrível terraço é possível ver, em dias limpos, desde a Arrábida até Monchique. “Um lugar mágico” é a expressão que melhor o define. Além da vista maravilhosa, que conjuga paisagem urbana, planície e escarpa oceânica, visitantes e clientes podem, também aqui, refrescar-se com um ótimo cocktail ou outra bebida e pedir pratos leves, quer de marisco, como a sapateira, quer hambúrgueres e tostas, com acompanhamento, o que proporciona uma forma leve e muito descontraída de terminar o dia e iniciar uma noite agradável de convívio.

As Voltas do Vasco: o Alentejo à distância de um passeio

Mas no Sines Sea View nem tudo é bebida ou comida. Existem outras ofertas igualmente atrativas e que complementam o espírito de relaxamento e “leisure” deste empreendimento, como o nome do hotel assinala. Uma das propostas mais originais e que serve de exemplo a este vertente do empreendimento é o conceito de As Voltas do Vasco, roteiros informais inspirados nas escapadinhas que o próprio manager faz com frequência. “Sines é um ótimo ponto de partida. Num instante estamos na Vidigueira, Beja, Alvito ou Cuba. São sítios que adoro visitar, onde cada paragem tem uma história”, afirma Pedro Proença. Em Mértola, por exemplo, numa típica matança do porco, descobriu o Café Casa Cravinho, onde às 10 da manhã já se servia toucinho, queijo e enchidos caseiros. “Parecia que o toucinho tinha sido desenhado. A qualidade era inacreditável.”

Noutra ocasião, numa pequena localidade chamada Santiago do Alentejo, encontrou um café onde os locais, logo de manhã, cortavam presunto com navalhas, entre copos e conversas. “Foi como entrar num filme.”

E em Alvito, entrou na Igreja Matriz e foi guiado espontaneamente por uma senhora que ali estava a fazer renda com outras senhoras. “Ela fez uma visita guiada improvisada. Estive mais de uma hora a ouvir histórias – algumas talvez mais lendárias, outras reais, mas todas fascinantes.”

Do Alentejo para o mundo… e vice-versa

A ligação entre Sines e o mundo também se faz ao contrário. O Sines Sea View participou recentemente num evento da Embaixada Portuguesa em Viena, no âmbito do Festival Terras Sem Sombra, um projeto que combina música clássica, cultura local e sustentabilidade. “Fomos desafiados a levar um pouco do Alentejo à Áustria – enchidos, peixe fumado, azeites, e claro, pão alentejano feito por nós.” O resultado? A primeira coisa a desaparecer da mesa do sr. Embaixador foi… o pão. “As pessoas ficaram maravilhadas.”

Foi aí que o general manager lançou um desafio aos convidados de outras paragens: “Sabem que em menos de quatro horas, podem sair de Viena e estar no Alentejo profundo?” A verdade é essa. De Lisboa a Évora, ou até mesmo a Sines, é um pulo. E aqui, o tempo corre de outra forma. É como viajar 40 ou 50 anos no passado, mas com todo o conforto e autenticidade.

Para além da componente cultural e gastronómica, a região tem ainda um forte potencial para caminhadas e natureza. A Lagoa de Santo André, por exemplo, oferece trilhos com paisagens únicas. “Há quem caminhe 15 ou 20 km junto à costa ou pelo interior. Os contrastes são incríveis.”

A melhoria das acessibilidades, como a duplicação da estrada entre Sines e Santiago do Cacém, trará ainda mais segurança e rapidez, mas o que atrai mesmo quem visita são os encontros inesperados, os sabores genuínos e as pessoas com quem se cruza pelo caminho.

A mensagem é clara: há mais Sines do que se pensa

Sines não é só porto industrial – é história viva, tradição à mesa, arte nos lugares e autenticidade nos gestos. “O que queremos comunicar é que há aqui um mundo por descobrir. E as pessoas estão a ouvir”, conclui Pedro Proença.

Com propostas culturais, experiências locais e um cuidado diário com quem os visita, o Sines Sea View Business & Leisure não é apenas um hotel. É um convite para ver o Alentejo com novos olhos – mais profundos, mais atentos, mais disponíveis para uma imersão no encanto do mundo real.

Graça Pacheco
Graça Pacheco
Licenciada em literaturas clássicas e com um doutoramento em estudos literários, sou colaboradora e fã do Echo Boomer. Escrever, para mim, é um ofício desafiante mas também um hobby. Também adoro gastronomia, gosto de explorar novas tecnologias e sobretudo, adoro cinema e TV.
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