As novas funcionalidades no Google Maps incentivam deslocações mais sustentáveis com a missão de reduzir as emissões poluentes nas cidades europeias.
A Google revelou um conjunto de atualizações para o Google Maps, com foco especial na mobilidade urbana sustentável no espaço europeu. Estas melhorias procuram encorajar os utilizadores a optarem por modos de transporte menos poluentes, como a caminhada, o transporte público ou a bicicleta, para além de facilitarem a navegação em zonas com restrições ambientais.
Entre as novidades, destaca-se a expansão de um sistema inteligente que compara o tempo necessário para completar um trajeto a pé ou de transportes públicos com o de uma viagem de carro. O objetivo é o de sugerir percursos alternativos quando o tempo de deslocação é semelhante, desencorajando assim a utilização desnecessária do automóvel. Esta funcionalidade, já ativa em 60 cidades, chegará em breve a novas localidades.
Outra ferramenta revelada é o aviso automático sobre zonas de baixas emissões ou de tráfego condicionado. Nestes casos, o Google Maps vai alertar os condutores assim que detetar a entrada iminente numa área com restrições, informando sobre a necessidade de escolher uma rota diferente, caso o veículo não cumpra os critérios exigidos. Este sistema será progressivamente implementado em mais de mil zonas em todo o continente europeu.
Para os adeptos das duas rodas, a Google está a reforçar a informação disponível sobre ciclovias e percursos cicláveis. Os utilizadores passarão a ver detalhes importantes sobre o percurso, como a existência de tráfego intenso ou subidas acentuadas. Esta funcionalidade será estendida a 17 novas cidades — nove delas na Europa —, cobrindo uma rede global de cerca de 125 mil quilómetros de vias dedicadas à bicicleta. Para tal, a empresa tem vindo a colaborar com autoridades locais em cidades como Hamburgo, Barcelona, Milão, Bruxelas e Zurique.
Por fim, o serviço de roteamento ecológico — que determina automaticamente o trajeto com menor consumo de combustível ou energia — passa agora a estar disponível à escala global. Introduzido em 2021, este sistema foi inicialmente testado nos Estados Unidos e alargado posteriormente a mais de 40 países europeus. Só em 2024, estima-se que evitou a emissão de 2,7 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa, o equivalente à retirada de mais de 630 mil viaturas a gasolina da circulação durante um ano.