Os jogos de tabuleiro, de cartas e até de salão (das velhinhas máquinas de arcada) fazem parte do universo de várias gerações.
Desde os serões em família até às tardes com amigos em cafés, jogar sempre foi mais do que uma atividade de lazer. Este tipo de jogos eram uma forma de socialização, de estímulo mental e, por vezes, até de competição saudável.
Com o avanço da tecnologia e a crescente digitalização do entretenimento, muitos destes jogos encontraram uma nova casa: o digital. E o mais curioso é que conseguem manter a sua essência, mantendo igualmente a adrenalina que os tanto caracteriza.
A transição do físico para o digital
Jogos como o xadrez, o dominó, o Monopólio ou até o Mahjong foram dos primeiros a fazer essa transição, com plataformas digitais a oferecerem versões online interativas, jogáveis entre amigos ou contra outros adversários.
Estas adaptações conseguiram preservar as regras e a essência dos jogos tradicionais, ao mesmo tempo que introduziram funcionalidades novas, desde rankings globais até modos de treino assistido. Sendo que nas respetivas plataformas existem muitas vezes tutoriais para aprender como jogar.
A era do gaming mobile acelerou ainda mais esta tendência. Hoje, basta um smartphone para jogar uma partida rápida de damas no transporte público ou para desafiar alguém numa mesa de cartas à distância de um clique.
A reinvenção dos clássicos
Entre os jogos clássicos que ganharam nova vida no digital, os de casino são um exemplo interessante.
Por exemplo, a roleta devido ao seu carácter visual, às mesas interativas e às possibilidades estratégicas tornam-na ideal para o formato online. Existem atualmente diversas plataformas que oferecem jogos de roleta online, com modos para principiantes e até diferentes salas que trazem outro sentido de competição com valores de entrada variáveis.
O mesmo acontece com modalidades como o xadrez ou com as damas, que ganharam ainda mais procura, devido a esta mudança. As novas versões mantêm a essência da modalidade, mas adaptam-se aos gostos da geração digital: gráficos intuitivos, animações e dispositivos onde são jogados.
Mais do que nostalgia: conveniência e comunidade
Se por um lado é o fator nostálgico que leva muitos utilizadores a procurar estes jogos no digital, por outro, a conveniência e a componente social são igualmente determinantes.
Jogar online permite quebrar a barreira geográfica, encontrar adversários a qualquer hora e até reviver hábitos antigos com amigos que estão longe.
Além disso, estes jogos ajudam a manter ativa a mente e proporcionam uma pausa útil na rotina diária, longe do “brain rot” digital (deterioração do estado mental) e das notificações constantes.
Com efeito, a digitalização dos jogos clássicos mostra que tradição e inovação podem andar lado a lado.
Desde as cartas ao xadrez, passando pelos casinos, os ecrãs de smartphones e tablets tornaram-se o novo tabuleiro onde muitos utilizadores se encontram, experimentam e redescobrem este setor de jogos.
E se o futuro é digital, pelo menos já sabemos que a nostalgia também tem lugar reservado e com novas funcionalidades.