Casa da Calçada reabre em Amarante com nova vida após dois anos de renovação profunda

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A Casa da Calçada renasce com novo interior, restauração cuidada e oferta gastronómica renovada.

A Casa da Calçada, em Amarante, voltou a abrir portas após um período de mais de dois anos de profundas intervenções estruturais e de interiores. O edifício, reconhecido pela sua relevância histórica, reabre agora com uma nova configuração e renovadas valências, mantendo intacta a ligação ao seu passado aristocrático e intelectual.

O investimento, que ultrapassou os 15 milhões de euros, traduziu-se numa transformação significativa, desde a arquitetura ao design de interiores, conduzidos pelo arquiteto Pedro Guimarães e pela designer Pilar Paiva de Sousa. A intervenção procurou respeitar o legado histórico do espaço, adaptando-o a uma visão contemporânea que reflete o espírito livre e a herança cultural da região.

O imóvel, que desde o século XVI foi residência de famílias nobres e, mais tarde, ponto de encontro de figuras da política, das artes e da literatura, mantém viva a sua memória através de uma reinterpretação cuidada dos seus espaços. A atmosfera da Casa da Calçada continua a evocar o ambiente onde se discutiram ideais republicanos, se homenageou a produção vinícola local e se cultivou o gosto pela liberdade e pela modernidade.

Reconvertida em unidade hoteleira no final do século passado, a Casa da Calçada regressa agora com 35 quartos, distribuídos por várias tipologias, desde as categorias Clássico até à exclusiva Panoramic River View. A vista sobre o rio Tâmega e o centro histórico de Amarante permanece uma das imagens de marca da casa.

A componente gastronómica foi também alvo de renovação. O restaurante Largo do Paço, conhecido por ter integrado o guia Michelin antes da pausa para obras, volta a destacar-se com uma proposta de fine dining liderada por Francisco Quintas. O jovem chef, que já conquistou uma estrela Michelin, apresenta duas ementas de degustação, apostando numa experiência sensorial pensada ao detalhe.

Outro regresso é o de Emiliano Savio, chef italo-argentino que reassume o Canto Redondo, com uma abordagem que conjuga técnica e autenticidade, sempre a partir de ingredientes locais e sazonais. Além destes, o À Margem propõe uma carta mais descontraída, ideal para saborear com vista para o Tâmega, enquanto o Ciao Tílias aposta numa oferta italiana, informal e integrada numa varanda com panorâmica privilegiada sobre o rio.

O bar do hotel, com cocktails de autor e um serviço cuidado, funciona como ponto de encontro e introdução à restante experiência da Casa da Calçada. A componente de bem-estar foi igualmente reforçada com a criação do “Tempo”, um centro de wellness com mais de 500 m2, distribuído por dois pisos e parcialmente embutido no terreno sob os vinhedos da propriedade. O espaço inclui piscina interior aquecida, sauna, banho turco, ginásio e salas de tratamento, tudo pensado com uma estética minimalista e um uso marcante de materiais autóctones.

Este novo capítulo da Casa da Calçada não é apenas uma reabertura. É o prolongamento de uma história que cruza o legado de figuras como António Lago Cerqueira, fundador das Caves da Calçada e defensor de um ideal de progresso alicerçado na cultura, no vinho e na solidariedade social. A ligação à tradição vitivinícola permanece viva, com destaque para os vinhos verdes da região e a continuidade da produção iniciada em 1917.

A recuperação do edifício e do projeto hoteleiro foi concretizada por Paula Mota, dando seguimento à visão do pai, Manuel António da Mota.

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