Desde a sua fundação, a Qobuz tem vindo a adoptar um modelo que privilegia a qualidade da experiência musical e uma lógica de sustentabilidade.
A plataforma de streaming de música Qobuz tornou-se a primeira do setor a divulgar publicamente, com validação externa e independente, o seu valor médio de pagamento por reprodução de cada faixa musical. Durante o ano fiscal de 2024, a Qobuz pagou, em média, 0,01873 dólares por cada reprodução a editoras e detentores de direitos de autor. Este valor traduz-se, por exemplo, em 18,73 dólares por cada mil audições de um tema. O montante é posteriormente distribuído aos artistas, compositores e autores, conforme os contratos estabelecidos com as entidades que gerem os seus direitos.
A diferença face à média do setor é igualmente visível no valor gerado por utilizador. Em 2024, a Qobuz registou uma receita média anual por utilizador (ARPU) de 121,13 dólares, número significativamente superior à média do mercado, situada nos 22,38 dólares. Esta discrepância traduz-se numa capacidade superior de gerar receitas que, indirectamente, se refletem numa compensação mais elevada para os artistas.
A estrutura da plataforma assenta em princípios que visam beneficiar diretamente quem produz música. Por exemplo, a ausência de uma modalidade gratuita suportada por publicidade impede a diluição dos ganhos por reprodução. E todos os planos pagos oferecem acesso a ficheiros de áudio em alta resolução e a conteúdos editoriais exclusivos.
A loja digital da Qobuz, que permite a compra de álbuns em qualidade Hi-Res e CD, mesmo por utilizadores que não subscrevem o serviço de streaming, constitui uma fonte adicional de rendimento para os artistas – sobretudo para aqueles cujos trabalhos se enquadram em géneros fora dos circuitos mais comerciais. Em 2024, mais de metade das vendas registadas na plataforma corresponderam a estilos como rock, jazz ou música clássica.
Esta abordagem é complementada por uma curadoria editorial que dá visibilidade a artistas e projetos frequentemente marginalizados pelas lógicas de mercado dominantes. Através de seleções, playlists e distinções atribuídas pela equipa editorial, a Qobuz procura alargar o leque de propostas acessíveis ao público, diversificando também as fontes de rendimento disponíveis para os músicos.
Tal como acontece com outras plataformas, a Qobuz não efetua pagamentos diretos aos artistas. Cerca de 70% das receitas obtidas são destinadas aos titulares dos direitos (editoras, distribuidoras, sociedades de gestão coletiva), que se encarregam da posterior distribuição conforme os acordos individuais estabelecidos com os músicos.