Câmaras de Faro, Huelva e Sevilha pressionam Bruxelas por ligação ferroviária

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Os autarca das respetivas câmaras acreditam que uma ligação ferroviária entre Faro, Huelva e Sevilha será capaz de posicionar o sul de Portugal e a região da Andaluzia como plataformas logísticas relevantes.

Os presidentes das câmaras municipais de Faro, Huelva e Sevilha reuniram-se esta segunda-feira na capital andaluza com o objetivo de reforçar a pressão política em torno da criação de uma ligação ferroviária de alta velocidade entre as três cidades. O encontro decorreu no Ayuntamiento de Sevilha, sucedendo a anteriores reuniões realizadas em Huelva e Faro, e serviu para definir uma estratégia conjunta que inclui uma deslocação a Bruxelas, onde pretendem apelar directamente às instituições europeias por um avanço mais célere do projeto.

A iniciativa surge na sequência da 35.ª Cimeira Luso-Espanhola, realizada em outubro de 2024, em Faro, durante a qual os governos de Portugal e Espanha reconheceram a relevância de aprofundar estudos técnicos sobre fluxos de mobilidade, bem como análises de custo-benefício, consideradas essenciais para aferir a viabilidade da futura linha.

Os autarcas envolvidos sublinham a importância destes estudos, sobretudo no que diz respeito à avaliação dos impactos económicos, ambientais e sociais da nova infraestrutura. No entanto, defendem igualmente a necessidade de acelerar o processo, apelando à mobilização de financiamento europeu para que se possam iniciar, sem mais atrasos, os trabalhos preparatórios, com especial incidência no troço entre Sevilha e Huelva.

A proposta de uma ligação ferroviária entre Faro, Huelva e Sevilha é apresentada como um eixo estratégico no contexto da integração da Península Ibérica nas redes transeuropeias de transporte. Segundo os responsáveis municipais, trata-se de uma oportunidade com potencial transformador, capaz de posicionar o sul de Portugal e a região da Andaluzia como plataformas logísticas relevantes no contexto das relações com África, a América Latina e o conjunto do espaço europeu.

Além da vertente económica, os autarcas destacam ainda a relevância ambiental e social do projeto. Acreditam que uma linha ferroviária moderna poderá contribuir para uma maior coesão territorial e para o cumprimento das metas europeias de descarbonização, ao oferecer uma alternativa mais sustentável ao transporte rodoviário.

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