Uber só vai permitir adicionar veículos elétricos para a categoria Black a partir de junho

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Originalmente, a Uber queria bloquear o funcionamento de veículos a combustão a partir de 1 de junho de 2026 em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra.

A transição para a mobilidade elétrica tem sido uma prioridade crescente em Portugal, com o objetivo de promover um futuro mais sustentável. A Uber, num email enviado aos seus parceiros, acaba de reafirmar o seu compromisso de ser uma plataforma de mobilidade sem emissões até 2030, um marco importante para o setor, especialmente com o avanço da eletrificação dos veículos de transporte individual e de passageiros, conhecidos como TVDE.

Em 2024, a Uber em Portugal investiu mais de 2,5 milhões de euros em incentivos para a conversão para veículos elétricos, através de descontos na taxa de serviço Uber Green e programas de apoio aos motoristas. Estes esforços refletem a continuidade do plano de transição para uma frota de veículos com zero emissões até 2030. A empresa pretende, assim, alavancar a mobilidade elétrica, não só como uma alternativa ambientalmente responsável, mas também como uma solução que pode beneficiar todos os intervenientes.

A partir de 1 de junho de 2025, a Uber vai realizar ajustes nas suas operações em Portugal, começando pela limitação de novos veículos a combustão na categoria Black, em Lisboa e no Porto. A medida pretende garantir que, em áreas onde o mercado de veículos elétricos já está mais equilibrado, a transição para a mobilidade sustentável seja acelerada. Os veículos a combustão que já operem na plataforma continuarão a poder atuar, desde que respeitem os limites legais definidos pela Lei TVDE.

Na categoria UberX, os motoristas terão a opção de continuar a utilizar veículos a combustão, garantindo que esta categoria continue a ser acessível a nível nacional. No entanto, a categoria Green, que tem experimentado um crescimento significativo, permanecerá restrita exclusivamente a veículos elétricos, mantendo a sua proposta de mobilidade sustentável e sem emissões.

Essas mudanças irão ser implementadas de forma gradual e com a devida antecedência, com a Uber a comunicar as alterações com pelo menos quatro semanas de antecedência. A estratégia de transição será, assim, adaptada cidade a cidade, categoria a categoria, de forma a garantir uma experiência fluida para os utilizadores da plataforma e apoiar aqueles que ainda não migraram para os veículos elétricos.

Transição elétrica com a Uber

No entanto, houve várias mudanças nos planos originalmente partilhados pela Uber. Há dois anos, numa apresentação a parceiros, a empresa tinha definido o dia 1 de janeiro de 2026 como uma data importante para a questão da adição de veículos a combustão interna na plataforma.

Assim, e caso os veículos a combustão tivessem sido adicionados à plataforma antes de 1 de dezembro de 2022, poderiam operar até ao limite de idade imposto por lei, ou no máximo até 31 de dezembro de 2030. E caso fossem adicionados depois de 1 de dezembro de 2022, apenas poderiam continuar a operar a partir de 2026, após troca por veículo elétrico. Ou seja, no fundo, um veículo a combustão, adicionado à Uber após 1 de dezembro de 2022, apenas poderia circular até 31 de dezembro de 2025.

Resta salientar que estes planos nunca foram adiante, como constatado nas novidades agora partilhadas pela plataforma.

Alexandre Lopes
Alexandre Lopeshttps://echoboomer.pt/
Licenciado em Comunicação Social e Educação Multimédia no Instituto Politécnico de Leiria, sou um dos fundadores do Echo Boomer. Aficcionado por novas tecnologias, amante de boa gastronomia - e de viagens inesquecíveis! - e apaixonado pelo mundo da música.
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