Lisboa foi o palco escolhido pelas Kiss of Life para fechar a tournée europeia e com chave de ouro!

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Se restavam dúvidas de que as Kiss of Life são, talvez, as maiores estrelas em ascensão no universo K-Pop, com a primeira tournée mundial, essas dúvidas dissiparam-se.

O Sagres Campo Pequeno, em Lisboa, serviu de palco para a última paragem da tournée mundial Kiss Road, das Kiss of Life, na Europa, tour essa que passou por 13 cidades espalhadas por 10 países. É justo dizer que Julie, Natty, Haneul e Belle não podiam ter pedido uma receção mais calorosa do que a que se registou, em Lisboa.

Ainda o concerto estava longe de começar e já se sentia uma energia promissora, na conhecida arena, com imensas fãs vestidas a rigor, muitas delas a manifestar a sua ídolo favorita – maioritariamente com visuais semelhantes aos que as Kiss of Life usaram em “Igloo” (uma das músicas mais aclamadas do grupo). Refiro-me, com isto, a vestimentas em couro preto e óculos de sol cheios de estilo.

As Kiss of Life abriram o concerto com a versão inglesa de “Bad News”, com uma entrada poderosa que levou a audiência à loucura. Todavia, foi “Igloo”que espoletou uma apoteose generalizada, no recinto. Pessoalmente, tive o privilégio de ir a centenas de concertos, mas só presenciei uma vez na vida este nível de decibéis vindos da audiência: Beyoncé, no concerto de abertura da Renaissance World Tour, em Estocolmo (2023). Não quero com isto concluir nada em concreto, mas que foi impressionante, foi.

Sou fã das Kiss of Life (tendo inclusive incluído “Sticky” na minha seleção de melhores músicas de 2024), mas não esperava, de todo, este nível de loucura e fanatismo. Ainda mais sabendo que o grupo tem pouco mais de ano e meio de atividade. Mas a verdade é que as Kiss of Life são, provavelmente, o grupo mais consistente e bem gerido da 5ª geração de ídolos, treinados na Coreia do Sul.

Num concerto composto por 17 músicas, incluindo “Wine House”, ainda por ser oficialmente lançada, as Kiss of Life, que lançaram o primeiro extended play no verão de 2023 e ainda só têm um mini-álbum, lançado no final de 2024 (do qual cantaram 5 das 7 músicas), mostram que não é preciso partir muitos ovos para fazer uma omelete.

As músicas sucederam-se, cambaleando entre hits como “Shh”, “Midas Touch”, “Nobody Knows” ou “Sticky”, e algumas menos conhecidas, no entanto, o efusividade da audiência tornava difícil perceber quais eram as mais populares. Isto porque, dado o entusiasmo contagiante, pautado pelas letras na ponta da língua de praticamente toda a gente e gritos incessantes, dava a sensação que Kiss of Life vieram a Lisboa para um concerto celebração de carreira no seu auge, onde tudo é hit absoluto.

As Kiss of Life corresponderam de forma elegante e assertiva, com uma performance energética, meticulosa e animada, onde a as coreografias fizeram jus ao nível que a Coreia do Sul nos tem habituado, no que toca ao treino de ídolos. Para além disso e bem mais importante, entre paragens para mudanças de roupa, a interação com o público foi magnífica e carinhosa, sem nunca parecer forçada.

Todo o concerto foi um ponto alto, e não estou a exagerar. No entanto, há três momentos a assinalar. O primeiro foi durante “Te Quiero”, que teve as Kiss of Life a escolher aleatoriamente um elemento da plateia para subir a palco durante a interpretação desta música. Não consigo explicar os níveis de ruído, enquanto o grupo conferenciava em palco, mas para servir de referência, senti necessidade de colocar os AirPods com o cancelamento de ruído ativo.

O segundo grande momento foi durante o encore, após a interpretação de “Bye My Neverland”. À semelhança do que tem sido costume durante a tournée noutros países, foi trazida a palco uma bandeira enorme de Portugal, para a foto de grupo. O público ora gritava “Portugal” l, ora gritava “Kiss of Life” em uníssono e em muito bom som.

O terceiro momento surgiu já no fim do encore, com “Back To Me”, e foi, sem sombra de dúvida, a maior surpresa da noite. Ainda que fosse difícil conter o entusiasmo, as ídolos pediram para toda a gente se sentar e se manter sentada para a sua última música, mas o que aconteceu a seguir foi para além do esperado… Julie, Natty, Haneul e Belle saíram de palco e desceram à zona da audiência, para a interpretação desta música.

Espalhadas pelo Campo Pequeno, as quatro elementos do grupo cantavam e dançavam “Back To Me”, enquanto se mexiam graciosamente no meio da plateia e distribuíam “high fives” e completavam corações. Perto do fim dessa mesma música, as Kiss of Life subiram mesmo à bancada – Julie e Belle de um lado e Natty e Haneul do outro (para minha surpresa, mesmo ao lado de onde estava sentado). Foi uma loucura total assistir a todas as emoções em meu redor, do que é estar tão perto de um ídolo. Ainda que ninguém tenha ficado sentado, toda a gente ficou no lugar, respeitando o pedido das Kiss of Life.

Julie, Natty, Haneul e Belle voltaram, depois, uma última vez a palco, para se despedirem com um grande agradecimento a todos os presentes e uma promessa ainda maior: que iriam regressar a Portugal.

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