A Volkswagen está a reverter uma das suas decisões mais criticadas, ao reintroduzir botões físicos para alguns controlos essenciais nos seus veículos.
Durante vários anos, os ecrãs táteis começaram a substituir uma grande parte dos botões físicos nos carros modernos. Como não podia deixar de ser, a Volkswagen seguiu essa tendência, integrando painéis sensíveis ao toque tanto no volante, como na consola central dos seus carros. Contudo, essa escolha não convenceu todos os condutores, já que muitos criticaram esses dispositivos, considerando-os pouco práticos e difíceis de utilizar enquanto conduziam.
Confrontados com feedback negativo, a Volkswagen decidiu agora inverter essa tendência, numa revisão o seu modelo ID. 2all, previsto para lançamento em 2026. A partir deste modelo, todos os novos veículos terão botões físicos para funções essenciais. O volume, a temperatura para o condutor e passageiro, a ventilação e as luzes de emergência serão agora acessíveis através de controlos clássicos localizados abaixo do ecrã central. Já no volante, os touchpads desaparecerão, dando lugar a botões físicos. Andreas Mindt, chefe de design da marca, confirmou essa decisão de voltar aos botões físicos, afirmando que não voltaria a cometer “este erro“, referindo-se aos botões táteis excessivos.
A Volkswagen introduziu esses controlos de toque em vários modelos elétricos, como o ID. 3 e o ID. 4. A ideia era modernizar o interior e reduzir o número de botões. Contudo, na prática, essas interfaces tornaram algumas operações mais complicadas, forçando os condutores a tirar os olhos da estrada para navegar pelos menus.
Esta decisão faz parte de um plano alargado de tornar os modelos futuros mais intuitivos. Ao mesmo tempo, a Volkswagen apresentou recentemente o ID. Every1, um carro elétrico urbano de 20.000€ que está planeado ser lançado em 2027. Esse modelo foi concebido para competir com o futuro Renault Twingo elétrico, e adota, tal como este, uma interface mais acessível, com botões físicos em vez de controles totalmente táteis. A marca espera atender às expectativas dos condutores e evitar as críticas que surgiram nos seus modelos recentes.