A garantia foi dada por Paulo Macedo, CEO do banco público.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o maior banco público português, tem vindo a encerrar vários dos seus balcões em todo o país, uma medida que tem suscitado preocupações entre partidos políticos, sindicatos e comunidades locais.
Em agosto de 2022, a CGD anunciou o encerramento de 23 balcões, com maior incidência nas regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. Os trabalhadores afetados foram informados sobre os novos locais de trabalho, sendo realocados para outras agências. O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) expressou preocupação, afirmando que a decisão visava reduzir despesas e poderia levar ao congestionamento dos balcões remanescentes, afetando a qualidade do serviço prestado aos clientes.
Mais recentemente, em outubro de 2024, surgiram notícias sobre a intenção da CGD de proceder à redução de serviços em balcões localizados no interior do país e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Esta possibilidade gerou reações de várias entidades, como o Partido Popular Monárquico (PPM) dos Açores e o Partido Social Democrata (PSD) dos Açores.
Em resposta às críticas, a administração da CGD afirmou na altura que era “completamente falso” que estivesse a reduzir serviços, especialmente no interior ou nas ilhas, destacando um investimento superior a 70 milhões de euros na rede de agências, inserido num plano de transformação digital para servir melhor os clientes. A CGD assegurou que a criação de agências de nova geração não deixa ninguém para trás e aumenta significativamente a capacidade de serviço aos clientes, incluindo disponibilidades de tesouraria.
E pelos vistos, encerrar balcões CGD é algo que não acontecerá num futuro próximo. No Parlamento, em audição na Comissão de Orçamento e Finanças sobre os serviços bancários prestados, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, garantiu que não irão fechar agências e que irão “manter o mesmo número de agências em 2025 e 2026”.
De acordo com o gestor, o que a CGD tem feito é adaptar os balcões à evolução tecnológica, que contam sempre com trabalhadores que apoiam “cidadãos com mais dificuldade de manuseamento”. Portanto, e ao invés de encerrar balcões, algo que acabou por afetar imenso a imagem da CGD, a administração do banco resolveu manter essas agências, mas com serviços reduzidos e menos funcionários.