O desempenho da Ubisoft, muito abaixo das expectativas, continua a ser fonte de especulações para um futuro incerto.
A Tencent, a popular gigante tecnológica chinesa, e a família Guillemot, fundadora da Ubisoft, estão a discutir a criação de uma nova entidade que incluiria alguns ativos da editora francesa. O objetivo deste plano seria reforçar o valor da Ubisoft e permitir à Tencent expandir a sua presença no mercado internacional de videojogos.
De acordo com a Bloomberg, ambas as partes estão a avaliar quais os ativos que fariam parte desta parceria e qual seria o respetivo valor. Se este acordo avançar, a Tencent não só poderá obter uma forte presença no novo projeto, como ter até maior controlo sobre algumas das propriedades mais importantes da Ubisoft.
As ações da Ubisoft subiram recentemente 4,3%, mas a empresa tem enfrentado dificuldades financeiras, com as suas ações a caírem quase 50% no último ano. Essa situação agravou-se com sucessivos adiamentos de jogos, como Assassin’s Creed Shadows, que foi recentemente adiado para dia 20 março, ou Star Wars Outlaws, cujo lançamento na reta final de 2024 ficou muito aquém das expectativas em termos de vendas.
Apesar das negociações estarem alegadamente em curso, ainda não foi tomada nenhuma decisão final. À Bloomberg, nem a Tencent nem a Ubisoft quiseram comentar o tema, limitando-se a referir que estão a estudar várias opções para aumentar o valor da empresa.
Atualmente, a Tencent já detém cerca de 25% das ações da Ubisoft, mas este novo acordo daria à empresa chinesa uma posição muito mais forte.
Ao mesmo tempo, a Tencent tem enfrentado pressão internacional, especialmente nos Estados Unidos da América, onde foi recentemente adicionada a uma lista de empresas suspeitas de ligação ao exército chinês. Embora esta medida não implique sanções diretas, prejudica a reputação da empresa no mercado ocidental.