Com um prazo de execução de 54 meses, este processo avançará após aprovação do Tribunal de Contas.
O Metropolitano de Lisboa apresentou, ainda antes do mês terminar, as novas carruagens da série ML 24, adquiridas ao abrigo do contrato assinado com a Stadler Rail Valencia, a 22 de outubro de 2024, para a compra de 24 unidades triplas (totalizando 72 carruagens), com uma opção adicional de 12 unidades triplas (36 carruagens), num investimento de 134 milhões de euros.
A introdução das unidades da série ML 24 é estratégica para responder ao aumento projetado da procura na rede do Metropolitano de Lisboa, com a expansão das infraestruturas, o ajuste das frequências de operação, devido à instalação do novo sistema CBTC (Communications-Based Train Control), e a necessidade de renovação da frota com materiais mais eficientes. Cada unidade tripla da série ML 24 inclui duas carruagens motoras e uma carruagem reboque intermédia, preparada para um nível de automação GoA2, que permite operação automática assistida por maquinista, numa cabina de condução central, semelhante à da série ML 20.
Equipadas com novos sistemas de controlo automático, as carruagens ML 24 integram avançados sistemas de videovigilância, climatização da cabina de condução, ventilação nos espaços de passageiros, deteção de incêndios, áreas para bagagem volumosa, painéis digitais para informação ao cliente e melhorias na segurança de evacuação em túneis. A inclusão de sensores para manutenção preditiva também reforça a fiabilidade operacional e a longevidade da frota. O design das carruagens reflete uma imagem contemporânea, mantendo uma continuidade estética com séries anteriores.
A acessibilidade é garantida através de áreas reservadas para cadeiras de rodas, que dispõem de encostos, cintos de segurança, apoios laterais, intercomunicadores e botões de alerta para comunicação com o maquinista. Além disso, a visibilidade das portas foi melhorada com maior contraste entre as portas e a estrutura das carruagens, juntamente com sinais visuais e sonoros, facilitando a identificação das portas e o seu estado de abertura e fecho, especialmente para clientes com limitações visuais.
O contrato, firmado após um concurso público internacional lançado a 30 de novembro de 2023, com um valor-base de 138 milhões de euros (acrescido de IVA), visa reforçar a capacidade e modernizar a rede de transporte do Metropolitano de Lisboa. Com um prazo de execução de 54 meses, este processo avançará após aprovação do Tribunal de Contas. Parte do financiamento, num montante de 45 milhões de euros, é assegurada pelo Programa Sustentável 2030, sendo o valor remanescente proveniente do Fundo Ambiental.