Leve, potente e elegante, o Dragonfly G4 cumpre com as principais promessas da HP.
Anunciado em junho do ano passado, o HP Dragonfly G4 só agora nos veio parar às mãos. E depois de 60 dias de utilização intensiva podemos afirmar que este ainda é um dos melhores computadores portáteis que temos no mercado.
Considerando o seu corpo compacto, podemos considerar que este HP Dragonfly G4 está bem equipado, destacando-se logo pelas ligações, com mais portas do que outros computadores portáteis ultra-leves que, geralmente oferecem apenas USB-C com Thunderbolt 4. O Dragonfly G4 também tem duas dessas portas para ligar o carregador, entre outras coisas e ainda ostenta uma saída HDMI 2.1 e uma porta USB-A.
Este portátil da HP também vem apetrechado de outras interfaces, que vão do WLAN com Wi-Fi 6E ao seu módulo 5G integrado, e o slot para o cartão nano-SIM – que está posicionado no lado esquerdo do portátil -, e pode ser removido convenientemente sem utilização de qualquer ferramenta. Para nos autenticarmos no sistema operativo podemos utilizar o seu sensor de impressão digital que está embutido num botão no canto inferior direito do teclado ou utilizando a sua câmara FullHD de 5MP. E para melhor privacidade, a lente da câmara pode ser fechada através de um botão dedicado, mas o login e logout automáticos através do Auto-Lock & Awake da HP ainda funcionam porque essa função reconhece o utilizador através do seu sensor de proximidade.
E já que falamos em privacidade, também pode ser utilizada a tecla F2 para restringir o ângulo de visão do ecrã. Utilizando essa funcionalidade, é aplicado um filtro de privacidade Sure View que foi projetado para evitar que curiosos que estejam ao nosso lado possam ver o que estamos a fazer, olhando para o ecrã.
Equipado com um processador Intel Core i7-1355U (que oferece a velocidade habitual para um processador económico da série U), o Dragonfly G4 é suficientemente rápido para aplicações de escritório e multimédia, mas pode mostrar limitações em tarefas mais exigentes, como edição e produção de vídeo e jogos. Mas já se sacrifica em aplicações mais exigentes, como por exemplo, aplicações de edição e produção de vídeo ou jogos graficamente pesados. Tal acontece porque se tratar de CPU híbrido, com GPU integrado, que não consegue realmente atingir as velocidades de desempenho necessárias para esse tipo de atividades. É também uma limitação de formato, devido às condições térmicas num corpo compacto.
Para o arrefecimento o HP Dragonfly G4 conta com dois pequenos ventiladores que são silenciosos mesmo sob carga pesada. No entanto, eles mudam frequentemente a sua velocidade de rotação, o que faz com que o ruído operacional flutue, o que pode incomodar os utilizadores mais sensíveis. Contudo, estamos a falar em níveis de volume pouco consideráveis.
O processador da Intel é acompanhado por 32GB de RAM LPDDR5-4800 que estão soldados na motherboard, o que significa que não podem ser substituídos. Já os seus 1TB de armazenamento são obtidos através de um SSD NVMe PCIe 4.0. Ou seja, não vamos ter falta de memória RAM nem de armazenamento interno, e desempenho destes nunca se demonstraram um problema durante os nossos testes.
Para alimentar portátil temos uma bateria de 68 Wh, que impressiona pela sua excelente autonomia. Nos nossos testes conseguimos facilmente ter um dia inteiro de trabalho sem ter de ligar o portátil ao carregador. Algumas vezes conseguimos 11 horas de ecrã com apenas uma carga, que é realmente muito bom.
Um dos aspetos fortes do HP Dragonfly G4 é o seu ecrã. Com13,5 polegadas e numa proporção de 3:2, revela-se prático para trabalho de escritório, graças aquela área extra em cima e em baixo (comparativamente aos ecrãs 16:9) que permite que possamos ter acesso a mais conteúdo de documentos de texto e sites. No entanto, a resolução de 1920×1280 pixeis não é excecionalmente alta, mas é suficiente para aplicações de escritório padrão, como o Microsoft Office, Teams, etc.
Nos nossos testes, o ecrã touch do Dragonfly G4 demonstrou contar com brilho muito alto e contraste acima da média. Este último torna o trabalho com texto e folhas de cálculo mais agradável, enquanto o primeiro, em combinação com a sua superfície anti-reflexo, torna o conteúdo da imagem fácil de ler, mesmo em condições de iluminação difíceis. O Dragonfly G4 também pode ajustar automaticamente o seu brilho quando mudam as condições de luz à nossa volta, já que ele utiliza um sensor dedicado para esse efeito.
O brilho dinâmico não é distribuído uniformemente, pois o brilho diminui significativamente de cima para baixo. No entanto, isso é menos percetível num ecrã relativamente pequeno, se comparado com os ecrãs gigantes que vemos em outros computadores portáteis. O que é imediatamente percetível, no entanto, é a dependência de estarmos num correto ângulo de visão. Mesmo que não tenhamos ativado o “Sure View”, a imagem perde contraste e saturação de cor imediatamente se não estivermos sentados em frente a ele de forma otimizada. No entanto, o ecrã pode ser inclinado de forma flexível para que qualquer utilizador encontre o ângulo de visão ideal.
O seu excelente teclado completa a adequação do Dragonfly G4 para utilização em escritório, uma vez que tem teclas relativamente grandes tendo em conta o formato compacto do portátil. O que é especialmente agradável é o ponto de pressão muito pronunciado que todas as teclas têm em toda a superfície do teclado, incluindo a barra de espaço. Como é comum em computadores portáteis, as teclas de cursor não são posicionadas separadamente e as teclas para cima e para baixo são combinadas no tamanho de uma única tecla.
Apesar de não ser grande fã, o touchpad também impressiona com o seu feedback de pressão. Este permanece muito silencioso quando os botões do rato são pressionados. A superfície do touchpad do Dragonfly 4 atinge o equilíbrio perfeito entre aderência e velocidade, e pode posicionar o ponteiro do rato precisamente ou deixá-lo passar rapidamente pela ecrã, conforme seja necessário.
Aqueles que desejam aproveitar o Dragonfly G4 para assistir a conteúdo multimédia terão uma excelente experiência de áudio que é transmitida através de um sistema de quatro altifalantes estéreo ajustados pela Bang & Olufsen com tweeters superiores, woofers inferiores e 4 amplificadores inteligentes discretos. E embora a aplicação HP Audio incluída não consiga duplicar o poder imersivo do Dolby Atmos, ele pelo menos fornece uma configuração “automática” que ajusta a saída de acordo com o conteúdo que está a assistir. Tudo isso funciona bem o suficiente, mas não é excecionalmente bom.
HP Dragonfly G4 inclui o Windows 11 Pro já instalado.
O Dragonfly G4 demonstrou ter o desempenho esperado para um computador portátil que tem pouco mais de 1Kg. Com um processador Core i7 da série U que não compromete e gráficos Intel integrados, este portátil foi criado para trabalho de produtividade em vez de trabalho criativo, mas tem força mais do que suficiente para tarefas de escritório e uma experiência fluida do Windows. Nunca foi verificado qualquer tipo de atraso ou lentidão, mesmo em multi tarefas, e permaneceu frio e silencioso durante a operação.
Este dispositivo foi cedido para análise pela HP.