Já foi considerado o Festival mais bonito da cidade.
É mesmo isso que acabaram de ler. Este ano, e pela primeira vez em 16 anos, apenas interrompidos pela pandemia de COVID-19, não teremos o festival de outono da Música no Coração. Falamos, claro, do Super Bock em Stock, que infelizmente não se realizará este ano na Avenida da Liberdade.
Os mais atentos ao mundo da música deverão ter estranhado por esta altura a ausência de novidades por parte da promotora. Afinal de contas, os primeiros nomes para o evento começam a ser anunciados em agosto, mas a verdade é que não só não tivemos qualquer anúncio de cartaz até aqui, como as datas nem sequer foram divulgadas.
O Echo Boomer questionou a Música no Coração, que infelizmente nos confirmou o que já suspeitávamos. “De facto, não realizaremos o Super Bock em Stock este ano”, começa por dizer a promotora numa nota que nos foi enviada.
“Nos últimos 16 anos, que só foram interrompidos por uma pandemia global, Lisboa tem sido o palco anual para uma mostra do novo na música nacional e internacional. Abrimos espaços da cidade à música e ao público que a procura, tendo sempre como denominador comum a Avenida da Liberdade, promovendo a ligação entre a música, a cidade e o público. A descoberta da música nova foi acompanhada pela descoberta de lugares, modernos e históricos, de salas de espetáculos a espaços inusitados.
Foi assim que, em 2008, o Inverno deixou de ser a ‘época baixa’ dos festivais de música e nasceu aquele a que chamaram “o Festival mais bonito da cidade” que nos deu a conhecer nomes como Benjamin Clementine, Michael Kiwanuka, Janelle Monáe, Masego, Django Django, entre tantos, tantos outros, e, não menos importante, tantos novos artistas portugueses. Apresentámos projetos que apontam novos caminhos, o stock que está pronto para sair e conquistar público, indústria e, no futuro, os grandes palcos. Tornámos o novo, o diverso, o alternativo, visível e apetecido. Para construir esta história, da qual muito nos orgulhamos, precisámos de aliados. Desde logo as marcas patrocinadoras, começando por aquelas que lhe deram o seu nome – de Super Bock em Stock, a Vodafone Mexefest e Super Bock em Stock de novo. Obviamente também os artistas, managers, agentes e editoras, a comunicação social, os media partners, as salas. Estamos muito gratos a todos!
No entanto, e após uma reflexão cuidadosa, tomámos uma decisão que naturalmente não foi fácil, mas que acreditamos ser um passo importante para a estratégia da empresa.
Mantemos a convicção de que este evento faz falta, ao Inverno, à cidade, ao público, à Música e, tal como até agora, continuaremos a promover a arte e a cultura de formas que ressoem com a nossa comunidade. Em formatos conhecidos ou novos, continuaremos a celebrar a música no futuro, com todos os que nos têm acompanhado”, refere a Música no Coração na mesma nota enviada ao Echo Boomer.
Portanto, e pelo menos este ano, não teremos Super Bock em Stock. Em 2025? Veremos, existindo sempre a possibilidade de o formato ressurgir com outro nome, até porque já foi conhecido como Vodafone Mexefest.
Parceria entre Super Bock e Música no Coração chega ao fim
A edição de hoje do Jornal de Notícias dá conta de que a parceria entre a Super Bock e a promotora Música no Coração chegou ao fim, o que irá impactar a realização do Super Bock Super Rock 2025, marcado para acontecer de 17 a 19 de julho, no Meco, em Sesimbra. O jornal tentou obter declarações de Luís Montez, da Música no Coração, para perceber os valores envolvidos no negócio, mas tal não foi possível. De resto, o mesmo jornal afirma que o SBSR 2025 será organizado de forma diferente, ainda que a Super Bock se mantenha ligada à organização do mesmo.
Tendo em conta que os primeiros nomes para este festival começam a surgir em novembro, resta-nos esperar por mais novidades.
