Agora é esperar que a obra não derrape.
A Infraestruturas de Portugal adjudicou a concessão da primeira fase da linha de Alta Velocidade (LAV) entre Porto e Lisboa. O consórcio LusoLav, composto por várias empresas portuguesas, venceu o concurso para a conceção, projeto, construção e manutenção do troço entre Campanhã (Porto) e Oiã.
Este troço de 71 km inclui uma nova linha de alta velocidade, a adaptação da Estação de Campanhã, uma nova estação em Vila Nova de Gaia (Santo Ovídio), uma nova ponte sobre o rio Douro e ligações à Linha do Norte. O contrato de concessão, no valor de 1.661.362.811,55€, tem um prazo total de 30 anos, incluindo 5 anos para desenvolvimento e 25 anos para disponibilização da infraestrutura.
Um Marco na Mobilidade Sustentável em Portugal
A adjudicação desta obra representa um passo crucial para a modernização da rede ferroviária nacional e para o cumprimento dos objetivos de descarbonização nos transportes até 2030. O Primeiro-Ministro, António Costa, destacou a importância deste projeto para o futuro do país, enquadrando-o numa estratégia de governação transversal que visa o desenvolvimento sustentável.
O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, salientou o papel da ferrovia na política de mobilidade nacional e o seu impacto positivo no ambiente. A aposta na ferrovia é vista como um investimento no futuro, alinhado com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e do Acordo de Paris.
Portugal procura reforçar a competitividade da sua rede ferroviária, atualmente abaixo da média da União Europeia. A LAV Porto-Lisboa, juntamente com outros projetos como a ligação a Madrid e a terceira travessia sobre o Tejo, contribuirá para a melhoria do acesso ferroviário aos corredores internacionais e ao futuro Aeroporto de Lisboa.