Google remove todas as aplicações da Kaspersky da Play Store

- Publicidade -

Mais um duro revés para a empresa que vê as portas serem fechadas no mundo tecnológico.

Há muito tempo sob ataque de vários governos pelas suas possíveis ligações ao Kremlin, e depois de ter sido banida pelos Estados Unidos, a Kaspersky enfrenta agora um novo revés. As suas aplicações para Android foram removidas da Google Play Store, impossibilitando assim o seu acesso através da plataforma oficial do sistema operativo.

A verdade é que, desde há alguns dias, os utilizadores têm vindo a notar a ausência das aplicações da Kaspersky na Play Store. Fóruns e redes sociais, como o Reddit, rapidamente ecoaram esse desaparecimento inexplicável. Nem os utilizadores, nem a própria empresa, foram informados desta medida.

Neste fim de semana, a Google finalmente abordou este assunto, e as notícias não são animadoras. Contactada pelo site Bleeping Computer, a gigante tecnológica confirmou que suspendeu os serviços da Kaspersky da sua loja de aplicações. A empresa afirmou que “O BIS (Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos Estados Unidos) anunciou recentemente várias restrições em relação à Kaspersky. Como resultado, removemos as aplicações da Kaspersky da Google Play Store”.

Privada de um importante canal de distribuição internacional, a Kaspersky poderá ver a sua posição no mercado enfraquecer ainda mais. A empresa tem sido repetidamente acusada de ser utilizada pelo governo russo para espionagem cibernética, o que gera uma desconfiança crescente sobre a ela.

Kaspersky

Confiança da Kaspersky em declínio

Perante esta situação, a Kaspersky convidou os seus utilizadores a descarregarem, e atualizarem, as suas aplicações através de lojas alternativas, como a Galaxy Store, Huawei AppGallery e Xiaomi GetApps. E para aqueles que utilizam smartphones de outras marcas, é possível ter acesso aos ficheiros APK diretamente no site oficial da empresa, para que possam ser instalados manualmente.

No entanto, apesar destes esforços, o futuro da empresa russa parece incerto. Em 2017, as autoridades americanas já haviam proibido o uso dos produtos da empresa dentro de órgãos federais. Mais recentemente, em 2023, os Estados Unidos alargaram esta proibição a todo o território, incluindo a utilizadores particulares.

Entretanto, a empresa gerou também alguma polémica ao renomear o seu antivírus sem dar qualquer informação aos seus utilizadores. Nos Estados Unidos, os clientes verificaram que o Kaspersky Antivirus passou a chamar-se “UltraAV”, da noite para o dia e sem qualquer comunicação prévia. Esta discreta tentativa de rebranding pretendia contornar as sanções, mas acabou por servir para aumentar ainda mais a desconfiança sobre a empresa.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados