A ser verdade, é na realidade uma nova tentativa da empresa chinesa nesse mercado.
A Xiaomi está novamente sob os holofotes com a notícia do lançamento de seu primeiro chipset em mais de meia década. Informações muito recentes indicam que esse novo processador, desenvolvido em colaboração com a gigante da indústria TSMC, será baseado na avançada tecnologia de 4nm. Este é um passo significativo para a Xiaomi, marcando o seu regresso ao mundo do desenvolvimento interno de chips e colocando-a potencialmente em competição direta com empresas estabelecidas como a Qualcomm, MediaTek e Samsung. Mas o que significa exatamente esse novo chipset para a empresa chinesa e como pode impactar o futuro do mercado de smartphones?
Segundo novas informações que nos chegaram da China, o próximo chipset da Xiaomi será o coração dos principais dispositivos da empresa. Será construído com base na tecnologia 4nm N4P da TSMC, conhecida pela sua capacidade de aumentar o desempenho e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo energético. O processo de 4nm permite que mais transistores sejam acomodados no chipset, resultando em velocidades mais rápidas e maior eficiência. Isso posiciona o novo processador da Xiaomi como um forte concorrente dos processadores da Qualcomm e da Mediatek.
Embora os detalhes precisos do processador ainda sejam mantidos em segredo, os rumores sugerem que a Xiaomi quer dar o braço à Unisoc, uma empresa em ascensão na indústria de chips, para desenvolver algumas partes desse chipset. Espera-se que a Unisoc seja responsável pelo modem 5G, crucial para garantir que o novo chipset seja compatível com as redes móveis mais recentes. Além disso, a Xiaomi e a Unisoc parecem estar a colaborar num chipset 4G voltado para smartphones da gama de entrada, o que pode atingir um segmento diferente do mercado.
Xiaomi volta a pensar nos seus próprios processadores?
Na verdade, esta não é a primeira incursão da Xiaomi no desenvolvimento de chipsets. Em 2017, a empresa lançou o Surge S1, um processador de médio porte que alimentava o smartphone Xiaomi Mi 5c. O Surge S1 foi projetado para oferecer bom desempenho a um preço acessível, atraindo utilizadores que procuravam um smartphone capaz, mas sem terem de gastar muito dinheiro. No entanto, após o lançamento inicial, a Xiaomi interrompeu o desenvolvimento de novos chips, optando por fazer parceria com fabricantes de chipsets estabelecidos como Qualcomm e MediaTek para os seus dispositivos. Essa decisão provavelmente deveu-se aos desafios e altos custos envolvidos no desenvolvimento interno de processadores competitivos.
Agora, a Xiaomi está de volta ao mercado de chipsets com um novo processador de 4nm. Esse movimento sugere que a empresa adquiriu experiência valiosa e confiança na sua capacidade de criar chips de alto desempenho. Essa mudança alinha-se com uma tendência em que os principais fabricantes de smartphones, como Apple, Google, Samsung e Huawei, desenvolvem os seus próprios chips personalizados para se diferenciarem da concorrência e melhorar o desempenho dos seus dispositivos.
O regresso da Xiaomi ao desenvolvimento de chips é um sinal ambicioso da empresa em querer tornar-se uma força ainda mais dominante no mercado de smartphones. Com um novo processador de 4nm no horizonte, a empresa fica pronta para desafiar o status quo e oferecer aos consumidores dispositivos ainda mais poderosos e eficientes. O futuro do mercado de smartphones promete ser emocionante, com a Xiaomi a desempenhar um papel fundamental nessa evolução.