Depois da Vodafone, agora é a DIGI que tenta comprar a NOWO

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Resta saber o que tem a Autoridade da Concorrência a dizer desta vez, após ter chumbado o negócio à Vodafone.

Não está fácil a vida da DIGI em Portugal. Apesar de já estar em testes, pensava-se que a operadora romena já estaria, por esta altura, a funcionar no país. Mas várias situações – como ainda não ter conseguido assinar contratos para distribuir canais de televisão – têm atrasado o arranque oficial, sendo que a previsão da ANACOM é que os serviços destes novo player estejam operacionais o mais tardar em novembro.

Agora, a DIGI tenta dar um novo passo para afirmar-se no mercado português, ao ter celebrado um contrato de compra e venda de acções com a LORCA JVCO Limited para a aquisição de 100% das acções emitidas pela Cabonitel por um valor de 150 milhões de euros. Falamos, portanto, de uma transação que inclui a compra da NOWO, a quarta maior operadora de telecomunicações móveis e fixas em Portugal. E que, por exemplo, já ajudará na tal questão de distribuir canais de TV.

No comunicado divulgado, lê-se que a NOWO, que conta com cerca de 270.000 clientes de telefone móvel e cerca de 130.000 clientes de telecomunicações fixas, detém licenças de espetro nas bandas de frequência de 1800 MHz, 2600 MHz e 3600 MHz, que passarão a ser detidas pela DIGI… isto case a Autoridade da Concorrência aprove a compra, algo que não aconteceu quando a Vodafone tentou adquirir a NOWO. Recorde-se que a empresa romena já havia adquirido, em 2021, licenças 5G no leilão da ANACOM.

E por falar em Autoridade da Concorrência, diz que o Jornal de Negócios que a AdC estima que a entrada da DIGI em Portugal fará com que haja uma redução de cerca de 2,6% nos tarifários de pacotes e uma descida de preços na ordem dos 7,4% no serviço móvel. Estima-se, também, que a DIGI atinja uma quota de mercado na ordem dos 5%.

DIGI quer investir mais de 500 milhões de euros em Portugal

No primeiro comunicado de imprensa escrito em português, a DIGI Portugal refere que a sua operação é “apoiada por um grande investimento em infra-estruturas e pela confiança nos recursos humanos do mercado português. Para o efeito, a operação local conta com mais de 600 colaboradores e um investimento previsto de mais de 500 milhões de euros”.

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