Fomos aprender como fazer um bouquet em espiral inglês

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Tudo graças à Escola de Arte Floral do Prata, um novo projeto social no Prata Riverside Village, em Marvila.

Para quem não conhece, o Prata Riverside Village é um grande empreendimento, à beira do rio, que prima pela elegância, com os seus apartamentos numa zona exclusiva, com vista para o rio Tejo, num ambiente calmo, mas cheio de vida, no coração da cidade de Lisboa. E a juntar-se a toda essa diversidade, trazendo ainda mais cor à cidade, abriu já novembro do ano passado, na zona das galerias comerciais, a Escola de Arte Floral do Prata, ou EAF, um projeto de cariz social que, em parceria com a VIC Properties, visa a formação de novos profissionais na área, independentemente do tipo de rendimento de cada candidato.

A assumir o comando, e também ela fundadora, temos Tatiana Vieira, que conta não só com uma vasta experiência nas artes florais, como apresenta um currículo extenso, tendo frequentado várias escolas em cidades internacionais ligadas ao setor, sendo Londres uma delas, por exemplo.

O objetivo de Tatiana? Poder ajudar e formar qualquer pessoa que queira ganhar ou aprofundar os seus conhecimentos não apenas área de design floral, como também em áreas como estratégias de marketing e criação de logotipos, e também um plano de negócios, para garantir o sucesso dos seus futuros formandos.

O plano é garantir que os seus formandos tenham aumentada a sua empregabilidade e também o seu empreendedorismo, garantindo liberdade e autonomia aos artistas, quer seja para depois aplicar os seus conhecimentos para abertura de lojas de retalho ou até arranjos florais para eventos.

Para esse efeito, a EAF preparou uma série de cursos e promete trazer vários formadores especializados na área. Um destes cursos começou hoje mesmo, dia 16 de janeiro, e, quem for ao site, pode encontrar três módulos – Essencial, Avançado e Business. Dependendo daquilo que for o background ou do que seja pretendido aprender, cada curso proporciona aos formandos diferentes técnicas e competências. No fim do curso os formandos são avaliados, sendo atribuídas certificações.

É possível fazer a candidatura à Escola através do site, preenchendo o grau de escalão do IRS. Se for aceite, o formando poderá ter um desconto ao valor do seu módulo, o que facilita em muito o acesso de qualquer pessoa a um ensino especializado e de qualidade. Isto tudo graças ao mecenas deste projeto, o Prata Riverside Village, que suporta os custos do curso, caso os rendimentos do candidato não permitam suportar os mesmos na sua totalidade, reforçando assim o compromisso que o Prata Riverside Village tem com a reabilitação de Marvila, quer no âmbito social, quer no âmbito cultural.

E por isso, quando na redação do Echo Boomer recebemos o convite para experimentar um workshop “hands-on” de como fazer um bouquet em espiral inglês, não pudemos recusar! Dado o nosso amor pela natureza e pelas flores, foi com muito agrado que fomos conhecer o espaço, e foi também com muito amor e carinho que fomos recebidos por Tatiana e outra professora da escola, Ketlin, professora da oficina das flores. Ao chegar, ficámos impressionados com o espaço em si, já que se trata de um espaço bastante amplo e confortável, de tetos altos, e com muita claridade. Tinha um conjunto de sofás e um espelho que nos fizeram logo sentir em casa, dando um toque muito acolhedor à escola. Depois, distribuídas ao longo do espaço, estavam várias mesas e cadeiras, com dois jarros recheados de flores lindíssimas, flores essas que iríamos usar no decorrer do workshop.

Começando o workshop e temos Tatiana a explicar o que vamos fazer e como o iremos fazer. Explicou também que a arte floral é mesmo isso, uma arte, e nós os seus artistas. Que cada pormenor e atenção ao detalhe fazem a diferença no resultado final e que, se queremos que a nossa arte brilhe, é preciso ter atenção aos pormenores… mas não só. Uma boa dose de divertimento, ou até de relaxamento, fazem desta arte uma forma muito eficaz de terapia!

Para montar um bouquet, temos dois diferentes tipos de elementos, as chamadas “verduras”, elementos habitualmente completamente verdes, como o eucalipto ou o ruscus, por exemplo, e as flores, que são consideradas a parte “central” do bouquet, já que trazem cor, pormenor e vivacidade ao mesmo. É desejável ter pelo menos duas variedades dentro das ditas “verduras” para realçar o bouquet, já que estas, por serem consideradas o “recheio”, acabam por dar volume ao ramo e torná-lo ainda mais estético e apelativo.

Tatiana explicou também que, para que o ramo tenha durabilidade, é essencial limpar bem, tanto as verduras como as flores, sem danificar a coroa das mesmas. Isto significa retirar tudo o que seja folhas que não estejam no seu melhor, ou que possam “asfixiar” os restantes elementos do bouquet. Outra técnica, esta mais conhecida, para aumentar a durabilidade do ramo, passa por trocar a água do mesmo todos os dias.

Outras dicas mais específicas são, por exemplo, em relação às flores. É o caso específico da hortênsia, em que devemos molhar toda a sua coroa, inserindo-a no recipiente com água. São estes, e outros truques, que podemos aprender nos cursos que a EAF tem para oferecer.

A organização da bancada de trabalho também é fundamental e, depois de limpos os elementos que vão constituir o bouquet, devemos organizar e dividir então as “verduras” das flores. Ao começar um bouquet, neste caso o Bouquet Inglês, devemos selecionar aquela que vai ser a nossa flor “central”, isto é, que fica bem no meio do bouquet (hortênsias, rosas, etc…), e a partir daí é um jogo de mãos, em que vamos segurando e rodando o bouquet com um certo jeito e formas específicas, que permitem acrescentar os pés das flores cruzados e obter, assim, o efeito que o design inglês pretende. Não só é um jogo de mãos, como é um jogo de LEGO ou puzzle, em que vamos encaixando as nossas peças (neste caso as “verduras” ou as plantas), de forma a perceber o que combina melhor com o quê e criar um ramo altamente estético e bem pensado, em que podemos ir conferindo as suas formas e cores, colocando o ramo que está na nossa mão ao lado da nossa anca e de frente para o espelho técnico, que está na entrada do espaço.

Uma regra de ouro ao fazer o bouquet é colocar a flor central sempre estrategicamente um pouco mais alta que as verduras. E depois podemos ter uma sequência de encaixe dos elementos ou podemos simplesmente seguir a nossa intuição estética e ir percebendo o que fica melhor – sempre com cuidado, para não esmagar nenhuma flor durante todo o processo.

Ao terminar esta fase podemos apertar o ramo com uma fita. Neste caso em particular Tatiana recomendou a fita floral oásis, fita usada pelos profissionais de floricultura, já que não danifica o caule das flores e é altamente estética.

E como toda a atenção ao pormenor é dada, também concluímos o processo com a parte do embrulho do bouquet, que tem todo o seu preceito, uma vez que são usadas duas folhas de papel distintas, que são sobradas de forma a criar as chamadas “orelhinhas”, e que são ambas conjugadas uma com a outra, por forma a obter o embrulho perfeito para o bouquet.

Para finalizar, usámos papel celofane transparente. Esta parte permite que o ramo se mantenha hidratado durante várias horas, até que possa ser transferido para o recipiente onde irá permanecer. E depois de estar tudo devidamente selado com a fita, podemos então regar o nosso ramo que a agua permanecerá sem o risco de sair dentro do invólucro em celofane criado por nós.

Na EAF, todo o preparo é feito com amor e dedicação, para não falar no rigor e cuidado com a qualidade das flores (o seu transporte e evitar que sejam refrigeradas), e isso nota-se quando, no final, a par com o lindo bouquet inglês criado por Tatiana, temos o seu sorriso de satisfação e alegria por nos apresentar mais uma bela obra de arte!

A Escola Arte Floral do Prata fica situada na Rua D, lote 2, Bloco C, Loja 6 do Prata Riverside Village e está aberta de terça à sexta, das 09h às 18h. Para mais informações podem consultar o site ou através do contacto 936647261.

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