Mercadona vai chegar à Covilhã (e já sabemos quando abre na Guarda)

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E claro, estão previstas mais aberturas para 2024.

Falar da Mercadona é falar de uma cadeia espanhola que tem vindo a conquistar os portugueses desde 2019. Afinal de contas, quando ainda não existia nenhuma loja da empresa em Portugal, muitos portugueses, quando iam de férias para a zona de Monte Gordo, aproveitavam e pegavam no carro para uma curta viagem para Ayamonte. Aliás, ainda o fazem, até porque, até à data, ainda não existe nenhum supermercado Mercadona no Algarve. Mas esse é um assunto para outro dia.

A Mercadona faz muito sucesso com os seus produtos, é certo, e quem passa por lá deixa-se conquistar pela secção de limpeza, pela secção de cuidados do corpo… e pela secção dos chocolates, que são deliciosos. E isto sem esquecer a secção do pronto a comer, que tem sempre imensos pedidos.

Em outubro, ficámos a saber que a Mercadona se encontrava entre as empresas mais conceituadas de Portugal de acordo com o “Ranking de Empresas com melhor reputação 2023“, elaborado pelo Monitor Empresarial de Reputação Corporativa – MERCO. Especificamente, a empresa ocupa a segunda posição no setor da Distribuição Generalista e a oitava no ranking geral.

Quer isto dizer que a empresa surge, isto no ranking geral, atrás do Grupo Nabeiro (Delta Cafés), EDPSonaeIKEAGalp, Jerónimo MartinsMicrosoft. No seu setor, o da Distribuição Generalista, a Mercadona somente é ultrapassada pela Jerónimo Martins, ultrapassando nomes como LidlContinenteEl Corte Inglés e Grupo Auchan.

Na verdade, a subida da Mercadona neste ranking foi galopante, uma vez que, em 2022, estava no 19º lugar. Já no seu setor, no ano passado encontrava-se em 4º lugar.

Para a elaboração destes rankings, o MERCO contou com a participação de mais de 53.000 pessoas de diferentes áreas. Estes incluem executivos de empresas, analistas financeiros, académicos, associações de consumidores, ONG, sindicatos, jornalistas, associações de consumidores e cidadãos.

Estes avaliam as diferentes empresas e líderes incluídos numa lista preliminar de acordo com variáveis reputacionais relacionadas com os resultados económicos, a qualidade da oferta comercial, o espírito inovador, a gestão de talentos, o comportamento ético e a responsabilidade corporativa e reputação.

E é por aqui que muito se explica o sucesso da cadeia espanhola em território nacional, onde já conta com 49 lojas em funcionamento. E não vai ficar por aqui.

Novas lojas Mercadona para 2024

Se acompanham o Echo Boomer, é bem provável que já se tenham deparado com vários artigos a dar conta da expansão da empresa em 2024, sendo que já sabíamos de algumas aberturas.

No próximo ano, a Mercadona irá abrir lojas em Évora, Coimbra, Rio de Mouro e Canelas (Vila Nova de Gaia). Este é um dado adquirido – pelo menos é esse o objetivo da empresa.

Depois, e tal como já tínhamos revelado, a Mercadona vai também abrir uma loja em Leiria. Não sabemos, para já, se essa inauguração acontecerá ainda em 2024 ou, então, só em 2025.

O mesmo acontece para o Barreiro, com a Mercadona a dizer nas redes sociais que está a desenvolver um projeto para a abertura de um supermercado no concelho do Barreiro.

Outro dado adquirido é a loja que a Mercadona vai abrir na Guarda, assunto sobre o qual já tínhamos falado há uns meses. Sabemos agora que essa abertura está planeada para maio de 2024.

E por último, e indo ao encontro do título deste artigo, a Mercadona vai também inaugurar uma loja na Covilhã. O contrato para a rede espanhola fixar-se na cidade foi assinado esta semana e o supermercado irá nascer no City Center Covilhã. As obras começam em janeiro de 2024, pelo que é bem provável que essa loja seja inaugurada até ao final desse ano.

Convém dizer, no entanto, que os planos da Mercadona podem vir a sofrer de algum resvés, tendo em conta a investigação divulgada ontem pela RTP. No programa Prova dos Factos, alegados funcionários da cadeia espanhola acusam a rede de supermercados de coação, assédio moral, pressão e desrespeito pelas leis laborais em vigor em Portugal.

Por sua vez, também o CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal alega receber praticamente todos os dias queixas de funcionários da Mercadona. E o certo é que a imagem da cadeia espanhola já ficou afetada perante alguns clientes – pelo menos aqueles que andam nas redes sociais.

Não querendo duvidar ou deixar de duvidar destes testemunhos, não deixa de ser curioso o timing da peça da RTP. Afinal de contas, a peça foi emitida esta sexta-feira, dia 1 de dezembro, precisamente no começo do mês mais lucrativo do ano para os supermercados. E tendo em conta a subida de posições da empresa no Ranking de Empresas com melhor reputação 2023, ainda mais estranho fica.

Além disso, se consultarmos os perfis do CESP nas redes sociais, rapidamente apanhamos uma publicação onde se lê que estiveram “em frente ao Lidl de Vialonga, em Vila Franca de Xira, a denunciar a repressão na empresa”, uma vez que o Lidl “não pode ameaçar, destratar e discriminar os trabalhadores”. Noutra publicação também se pode ler que oito funcionários da MyAuchan da Amadora foram alvo de vários abusos por parte da empresa. Há também publicações relacionadas com o El Corte Inglés, com a Sonae… Enfim, podíamos ficar aqui o dia todo a dar conta de queixas e reclamações por parte de trabalhadores, que só querem ver os seus direitos respeitados.

Estas queixas relacionadas com a situação laboral não são, como devem imaginar, de agora. Uma rápida pesquisa na Internet dá-nos resultados para textos da Lusa, em 2016, no qual dá conta de “trabalho escravo” e “assédio moral” no Pingo Doce, tendo em conta as declarações dos trabalhadores da altura, e também resultados para textos de 2019 da mesma entidade, neste caso sobre o Continente, no qual os funcionários se queixam de uma “miserável” situação laboral.

Nas redes sociais as opiniões dividem-se. Uns dizem que não voltam a fazer compras na Mercadona, ao passo que outros relatam que conhecem quem trabalha em lojas da cadeia espanhola e adora o ambiente e as chefias. Há também quem fale em notícia encomendada pela concorrência, mas são opiniões que valem o que valem.

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