Recomendado apenas caso o encontrem em promoção.
A Formovie tem projetores com Android TV, tem projetores a laser que custam vários ordenados mínimos e, recentemente, aventurou-se também pelo mundo dos projetores chamados portáteis: entre eles o Formovie P1. Este, de portátil, só tem mesmo o tamanho, já que sem bateria incorporada faz com que tenhamos que andar sempre perto de um ponto de eletricidade ou com um bom powerbank atrás.
O Formovie P1 é um projetor a laser com 800 Lumens, resolução de 960*540P e contraste de 600:1. As entradas HDMI 1.3 e USB, bem como a possibilidade de fazer screencast ou até de conectar através da rede wireless, fazem com que este pequeno projetor a laser seja, no papel, uma excelente aposta mesmo com o preço de cerca de 370€ ($399). Mas ao tirar da caixa e ligar ao telemóvel, tablet, portátil ou até à box da TV por cabo, como é que se comporta?
Ao abrir a caixa, a experiência é claramente premium. O projetor vem num bolsa de transporte com boa proteção e espaço para carregador, cabo e ainda um cabo HDMI extra ou até um powerbank para que o consigamos usar como foi pensado: de forma portátil. Cada um dos items tem o seu espaço, onde cabe na perfeição, permitindo assim um maior segurança quando em transporte ao mesmo tempo que acaba por dar aquele aspeto premium sobre o qual escrevia no início do parágrafo. Até agora parecia claramente uma experiência de 370€.
Depois de abrir a bolsa de transporte, chegou o momento pelo qual ansiava: ligar o projetor. Mesmo que a marca não falasse em qualquer tipo de AndroidTV para o Formovie P1, tinha esperança que este chegasse com software capaz de agradar. No entanto, a desilusão foi quase instantânea: o fundo azul, o design de cada um dos menus, apontava para tudo menos Android TV. Na verdade, senti-me a viajar para o início dos anos 2000, quando tinha na mão um daqueles primeiros leitores de MP3 com ecrã a “cores”.
Depois da desilusão inicial pensei – “Ok, os menus também são secundários… quero é facilidade de conexão”. Lancei-me então à aventura e tentei ligar o iPad, depois o OPPO Find N2 Flip e, por fim, o iPad, novamente com um cabo USB-C – HDMI, que geralmente uso para ligar o tablet da Apple à TV. A única forma de os ligar foi a fazer mirror do ecrã, já que nenhuma das apps (Apple TV, Youtube, Netflix, Disney Plus, etc.) reconheciam o projetor (em nenhum dos aparelhos) como uma possibilidade para o screencast.
Dada a mão à palmatória, preparei tudo e fiz mirror do ecrã do iPad. O foco manual foi fácil de controlar e depressa tinha imagem projetada na parede, mas com um pequeno problema: ajustar a área da projeção só é possível ao aproximar, ou afastar, o projetor da superfície que está a receber a projeção. Algo chato, já que complica toda a logística de ajustar o tamanho do “ecrã”. Especialmente caso queiram usar uma parede e os locais para colocar o projetor sejam fixos.
Ecrã ajustado, tudo pronto. Agora o som. O Formovie P1 tem colunas, mas a qualidade das mesmas faz com que não sejam o que querem usar para ver filmes, séries ou até para jogar. Depois de 20 minutos a explorar os menus, tanto do projetor como do iPad, não consegui direcionar o som para outras colunas, fossem as do tablet… A única forma de mudar o som é mesmo usando um cabo 3.5mm e ligar o projetor a colunas externas desta forma. Lá se vai toda a portabilidade, pois é. É que, para além do cabo para alimentar o aparelho, agora temos outro para conseguir som em condições.
Por fim, referir que, ao nível de qualidade de imagem, fiquei surpreendido pela positiva. De dia, ou durante a noite, mas com luzes acesas, o brilho do pequeno P1 foi suficiente para conseguir ver as projeções. Já em ambientes escuros, o nível de detalhe apresentado surpreendeu para a resolução que apresenta. Uma pequena o software ser do século passado, se não o fosse teria em mãos uma excelente aposta dentro do segmento.
Assim, só consigo recomendar caso o encontrem numa boa promoção porque, mesmo dentro da marca, encontram ofertas que parecem mais apelativas dentro da relação qualidade preço.