Este problema já foi exposto ao Governo, tendo sido agora reforçado.
Em dezembro do ano passado, a TTSL – Transtejo Soflusa anunciou que ia passar a disponibilizar mais 100 lugares em cada navio que opera na ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço.
Atenta à procura registada nesta ligação fluvial, a TTSL desenvolveu e implementou o projeto que, previamente aprovado pela DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, contempla 100 novos assentos e duas jangadas salva-vidas adicionais (com capacidade para 50 pessoas cada), em cada navio.
E foi logo em janeiro passado que a ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço passou a transportar 700 passageiros em cada viagem. Porém, nem tudo são vantagens.
Na verdade, mais passageiros significa mais peso a bordo, e não necessariamente mais investimento em recursos humanos e infraestruturas.
“Em casos de emergência, as respostas que não foram dadas aos operacionais -, em termos práticos, em termos de estudo, distribuição de peso no navio, pontos de escoamento dos passageiros -, isso na prática não foi testado”, disse Paulo Rodrigues, coordenador da Comissão de trabalhadores da Soflusa, à comunicação social, no âmbito de uma viagem feita por Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, esta segunda-feira de manhã, num dia marcado por diferentes greves nos transportes.
Quando questionado se a segurança dos passageiros pode estar em causa, Paulo Rodrigues referiu que “de certa forma está”.
Este problema já foi exposto ao Governo, tendo sido agora reforçado. Por sua vez, o Bloco de Esquerda acusa o Executivo de fugir aos problemas… com novas promessas.
“Em vez de termos mais barcos, mais tripulantes, para podermos ter um número de passageiros por barco que seja razoável, que dê conforto, que dê segurança e tranquilidade a toda a gente, o Governo já está a falar de outras ligações que sabe que nunca vão existir”, criticou Catarina Martins, aludindo ao que foi anunciado sobre o projeto Arco Ribeirinho Sul.