Nos últimos meses, a ASAE identificou casos em que a margem de lucro chega a ser superior a 50%.
O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, apresentou hoje, em conferência de imprensa, em Lisboa, as medidas para fazer face ao aumento do preço dos produtos alimentares, acrescentando que o Governo será “inflexível” para com todas as situações anómalas.
António Costa Silva começou por afirmar que, nos últimos tempos, o País tem estado preocupado com o setor alimentar face à subida dos preços, numa altura em que a inflação está a descer, assim como o preço da energia e fertilizantes.
“Isto contrasta, em absoluto, com o que se passa a nível dos preços dos bens alimentares. Por isso, o Governo desenvolveu uma estratégia e está a trabalhar em seis dimensões. Respeitamos os operadores económicos, mas também respeitamos muito os direitos dos consumidores”, apontou.
A primeira grande dimensão, referiu o Ministro, tem a ver com a atuação da ASAE no país – instituição que classificou como “excelente” – e que, desde o segundo semestre do ano passado, já realizou mais de 960 ações de fiscalização, iniciando agora uma nova operação, em todo o país, com as suas 38 brigadas.
Nos últimos meses, a ASAE identificou casos em que a margem de lucro chega a ser superior a 50%.
António Costa Silva disse ainda que vai continuar a dotar a ASAE de todas as condições e trabalhar com todos os “organismos relevantes” para este setor e a “ser inflexível” para com todas as situações anómalas no setor alimentar.
Para o Ministro é igualmente importante compreender a estrutura de preços do setor, desde a produção à comercialização, passando pela distribuição. Será também exigida transparência neste processo, pelo que será um “beneficio para todos os operadores” a disponibilização de informações à ASAE.
O Governo quer também continuar a estabelecer contactos com os representantes dos vários operadores e convocar a PARCA – Plataforma de Acompanhamento nas Relações na Cadeia Agroalimentar.
No dia 1 de março, 38 brigadas envolvendo 80 inspetores da ASAE estiveram no terreno a fiscalizar os preços dos bens alimentares nos híper e supermercados, face ao aumento de 21,1% do cabaz básico no último ano, mais do dobro da inflação.
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