Na primeira edição, realizada no ano passado, o MAL contou com a participação de cerca de 50 editoras independentes portuguesas.
Nos baldios deixados ao abandono pelos grupos editoriais hegemónicos nasceram algumas editoras que aí instalam os seus enxovais e produzem livros com propostas diferentes – no conteúdo, no grafismo, nos meios de produção, na distribuição, no discurso e nas práticas. O MAL – Mercado Aberto do Livro pretende tão só cultivar um espaço de respiração para o que ainda sobrevive no terreno devastado pela monocultura intensiva do livro.
Em contramão à uniformização operada pelos cartéis editoriais, que produzem objetos-livro cada vez mais indistintos entre si, estas editoras que se apresentam no MAL ocuparam o espaço destinado à invenção e ao risco, revelando que é possível editar livros que ainda se esquivam a partilhar prateleiras com blocos de notas, porta-chaves de cortiça, sardinhas de faiança e peluches do Camões. Da poesia à prosa, da banda desenhada ao ensaio, da fotografia à ilustração, com hibridismos pelo meio, tudo isto mal cabe no MAL.
Na primeira edição, realizada no ano passado, o MAL contou com a participação de cerca de 50 editoras independentes portuguesas, com catálogos em vários géneros e que apresentam a quem por lá passar diferentes formas de pensar e fazer os objetos-livros.
Já a edição deste ano, que acontece nos dias 26 e 27 de novembro, também promete e, para além do mercado, poderão ainda contar com conversas, workshops para o público infantil e apresentações de livros.
O MAL – Mercado Aberto do Livro acontece na Dona Ajuda/P.R.A.Ç.A. (antigo Mercado Rato), em Lisboa, e estará a funcionar das 14h às 20h no sábado e das 11h às 18h no domingo.