O serviço não está ainda a funcionar em pleno, mas para lá caminha.
Dia 1 de junho tinha tudo para marcar uma revolução no transporte rodoviário da Área Metropolitana de Lisboa. E de facto foi isso que aconteceu, mas não pelos melhores motivos. Sim, falamos da Carris Metropolitana, que entrou em funcionamento no início de junho na Área 4 e, no início deste mês de julho, arrancou operações na Área 3 – nas restantes áreas, o serviço só funcionará a partir de janeiro de 2023. Mas o arranque foi tudo menos tranquilo.
Quando o serviço arrancou na Área 4, que abrange os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, desde logo surgiram queixas por parte dos munícipes, fosse por falta de postaletes nas paragens e um número insuficiente de autocarros para a quantidade de utentes, entre outras reclamações.
Do lado dos motoristas também existiram algumas crises, como desconhecimento dos novos percursos e dos horários aplicados, entre outros problemas, que levaram até que, num dos dias, o serviço praticamente não funcionasse na zona de Setúbal, com os trabalhadores a terem alegado não estarem reunidas as condições para cumprir o serviço.
O problema resolveu-se rapidamente, ainda que de forma um pouco inusitada: manter os horários do antigo operador, Transportes Sul do Tejo, até ao final de junho. Neste momento, os novos horários já estão a ser cumpridos e os autocarros que fazem o percurso Lisboa – Setúbal estão a chegar alternadamente à Várzea e à nova Interface de Transportes de Setúbal.
Ora, o serviço não está ainda a funcionar em pleno, mas para lá caminha. É essa a ideia deixada pela direção da Alsa Todi, que falou com o jornal O Setubalense para comentar os recentes acontecimentos.
Ao jornal, a direção da empresa refere que os “constrangimentos iniciais estão, em grande parte, ultrapassados” e que o “grande compromisso de prestar um serviço de excelência está a ser conseguido” desde o início deste mês de julho.
De acordo com a direção da Alsa Todi, os “serviços que estão afetos às carreiras de ligação a Lisboa estão a funcionar a 100%”, sendo que “os restantes estão a funcionar praticamente acima dos 96%”.
Ao O Setubalense, a empresa garantiu ainda que a linha 4404 é muito importante, pois permitirá retirar automóveis do centro da cidade, e que um “sucesso inesperado estão a ser as linhas de ligação às praias, que estão a correr muito bem”.
Agradecemos desde ja, a minha sugestao vai para os horarios q terminam as carreira, sobretudo ,oriente – moita, oriente – setubal, e se possivel rever os horarios de sabado e domingo, tem sido dificil porq é estes dias q a familia sai para outras margem.
Os serviços de Lisboa para Setúbal também foram reduzidos para cerca de 25%, no período da manhã face aos autocarros que chegam, com especial atenção para o autocarro L 4725 que não tem qual horário de Lisboa (Sete Rios) para Setúbal entre as 7h até às 9h30m, aos dias úteis.
O mais caricato é que durante esse período chegam de 30 em 30 minutos autocarros L 4725 vindos de Setúbal que regressam à cidade Sadina vazios.
É o serviço que passaram a servir aos utentes, que anteriormente dispunham de autocarros com frequência de meia hora entre si, até às 10h15m da manhã.
Reponham parte do serviço anteriormente prestado pela TST, pois apenas o que se aproveita são os autocarros serem novos, por agora….
As linhas de acesso à praia estão a ser um sucesso tão grande que pessoal que vai de Lisboa para a FCT-UNL e vice-versa está a ser expulsa ou ignorada pelos autocarros (que passam menos regularmente e têm menos espaço interno do que os anteriores da TST) em várias das paragens dos percursos, por já estarem completamente cheios. Não vêm autocarros de substituição, e caso se queira apanhar autocarros em qualquer uma das paragens intermédias em que é provável que o autocarro já esteja cheio, é possível ter de esperar ~20/40/60 minutos em hora de ponta para que finalmente passe um que pare na paragem por ter ainda espaço livre.