Análise Horizon Zero Dawn: The Boardgame – The Lawless Badlands

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O jogo de tabuleiro de Horizon Zero Dawn recebe uma extensão onde são os humanos que vivem em paralelo com a lei que compõe o desafio a ultrapassar.

Num mundo dominado por máquinas, que são consideradas pela maioria como a maior ameaça existente, os grupos de bandidos anarquistas que se espalham ao longo do mundo em edificações fortificadas apresentam uma ameaça alternativa à réstia de sociedade existente. Na hora que derem de caras com eles, não tenham piedade, porque eles também não a vão ter por vocês.

Em The Lawless Badlands, outra expansão de Horizon Zero Dawn: The Board Game vão-se deparar com uma ameaça alternativa que aparenta ser acessível à primeira vista, mas que exige muita estratégia e, sobretudo, discrição.

O conteúdo desta caixa é imenso, sendo a expansão desta saga de jogos de tabuleiro que mais mini-figuras traz, perfazendo um total de 43 (sim, são mesmo muitas). Dessas 43, 42 são bandidos que se repartem seis categorias: 12 Thugs (dois modelos distintos), 12 Fighters (dois modelos distintos), 4 Heavies (dois modelos distintos), 6 Marksmen, 6 Sluggers e 2 Brutes. Todos estas classes de bandidos têm carta de informação e de comportamento associada. A 43ª mini-figura é de Nil, o famoso assassino silencioso do videojogo que chega ao jogo de tabuleiro como NPC, acompanhado de carta de perfil, de comportamento e referência.

Nesta expansão vão também encontrar um tabuleiro desdobrável de dupla face e 4 secções de 3×3 com um grafismo único (forte de madeira), 2 cartas de tracking de nível I & II, 3 cartas de evento, 10 cartas de “savage” com motivos novos e o livro de instruções dedicado.

Para o tamanho das mini-figuras, diria que o nível de detalhe está aceitável, sendo que os bandidos Heavies se destacam a par do NPC Nil, que está fantástico. Nota para o grafismo do forte de madeira presente no tabuleiro do jogo, que, apesar de ser em ambiente noturno e com muitos detalhes, as diretivas e limitações estão bem evidentes, com um traço vermelho a delimitar as barreiras onde não é possível atravessar e setas púrpura a definir as rotas de patrulha dos bandidos.

Badlands content

Como referi acima, esta expansão traz duas cartas de tracking apenas para encontros de nível I e II, ao contrário do que é usual noutras extensões (baralho inteiro de cartas de tacking de nível I, II, III e o “The Hunter’s Call”). Ao contrário do que seria de esperar, os encontros desta expansão não são mais fáceis do que os de outras, podendo até ser mais demorados se quiserem ser metódicos. Isto porque alguns bandidos andam em pares e há novas mecânicas que dificultam as coisas em caso de imprudência. Uma delas é o alarme presente dentro das muralhas do forte que, ao ser accionado, alerta todos os bandidos em jogo (num dos encontros há 20 em simultâneo). Agora imaginem que, entre o turno de cada caçador, há 20 bandidos a atacar. A somar a isso, alguns dos bandidos “chamam” ainda mais a jogo, em determinadas circunstâncias.

Para ajudar a combater as manadas de bandidos que vão aparecendo, existe Nil, o assassino mercenário que aparece reencarnado como NPC, sob a forma de carta “evento”. Nil começa a sua intervenção no mesmo quadrado que o jogador com o token de líder e ativa no turno de cada jogador, atacando sempre a seguir ao mesmo. Nil é tratado como caçador pelos inimigos e também os alerta da mesma forma.

O NPC Nil traz pontos positivos, mas também traz pontos negativos. O positivo é que, caso esteja a um quadrado de distância de um bandido, consegue derrotá-lo num só ataque, sendo que esse bandido derrotado soma pontos de encontro necessários para o sucesso do mesmo. O ponto negativo é que, sempre que derrota um bandido, ninguém recebe glory points nem salvage alusivos ao mesmo, e, uma vez que ataca sempre a seguir aos caçadores, pode derrotar bandidos já debilitados. Outro ponto negativo é que só tem 2 pontos de vida, por isso não contem com uma fonte infindável de ajuda.

Para além da carta de encontro que desbloqueia Nil, que está “bloqueado” a esta expansão, existem mais duas cartas de encontro transversais a qualquer expansão. Um delas faz aparecer um bando de bandidos no encontro em questão, a outra provoca uma emboscada a três máquinas que perdem 1 de vida logo de início, mas ficam automaticamente alerta. Já as cartas de “salvage” que são introduzidas são fantásticas pelo facto de serem bastante “poderosas” e por poderem virar o rumo do jogo a favor de qualquer caçador. Tal como as duas cartas de encontro, as cartas de “salvage” podem ser usadas transversalmente a qualquer expansão. As cartas de tracking de nível I e II também podem ser usadas com o jogo base e outras expansões se assim entenderem.

Badlands Cine

Tudo isto combinado, faz de The Lawless Badlands umas das expansões que mais variantes pode oferecer ao universo de jogo de tabuleiro de Horizon Zero Dawn. Apesar de ser uma expansão sem máquinas, que é o foco desta saga, traz uma lufada de ar fresco às possibilidades de trackings neste jogo, acrescenta encontros e “salvage” ao panorama geral de jogo e, sejamos francos, vem carregada de mini-figuras. Caso joguem outros RPG’s (como Dungeons & Dragons), é um extra fixe a nível de re-utilização para cenários em que são precisas mais personagens.

Aconselho que leiam bem todas as cartas e o livro de instruções para começar, visto que apesar de parecer uma expansão simples, devido à quantidade de bandidos em jogos em simultâneo, pode-se tornar confuso. Não acho que seja uma expansão essencial do ponto de vista da novidade que é defrontar máquinas, mas considero uma expansão que vem abrir novas possibilidades muito interessantes, que vão impedir o jogo de tabuleiro de Horizon Zero Dawn se tornar repetitivo tão cedo.

Horizon Zero Dawn: The Board Game – The Lawless Badlands está disponível no site oficial da Steamforged por 74,95€.

Recomendado

Esta expansão foi cedida para cobertura pela Steamforged.

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