O projeto é composto por um hipermercado, espaços comerciais, um ginásio e um edifício residencial (t1 a t3), de serviços e de hotelaria.
Os centros históricos sempre estiveram associados a edifícios de referência, que, não raras as vezes, se tornaram ícones dos locais onde se inserem. Com a natural expansão das cidades, este tipo de edifício – disruptivo e impactante – existe hoje nas malhas decorrentes da expansão urbana, trazendo vida e identidade aos mais diversos pontos da cidade.
É neste contexto que surge o Belamar (complexo que dá uma segunda vida à antiga fábrica de conservas com o mesmo nome), que vem engrandecer uma das entradas de Vila do Conde, trazendo uma nova luz e dinamismo a esta parte da cidade. A modularidade num edifício de gesto único, a fluidez de acessos e percursos – que aproveita e valoriza o declive do terreno – e a simbiose entre arquitetura e natureza são algumas das características deste novo quarteirão, que pretende tornar-se um símbolo arquitetónico do município.
Composto por um hipermercado, espaços comerciais, um ginásio e um edifício residencial (t1 a t3), de serviços e de hotelaria, o projeto reúne um conjunto de valências que agregam valor comercial e turístico capazes de aproximar locais e visitantes. Espelho da arquitetura de referência internacional, o Belamar Complexo assenta num conjunto de princípios que promovem a funcionalidade, a beleza e a proximidade como atributos incontornáveis para a qualidade de vida nas cidades.
Ora, este grande projeto urbanístico, cuja obras começaram há cerca de um mês, sofre agora um resvés, uma vez que a obra foi embargada pela Câmara Municipal de Vila do Conde. Tudo porque, no projeto, surgem terrenos da autarquia, algo que não estava previsto.
Em declarações ao Jornal de Notícias, o presidente da autarquia, Vítor Costa, diz que “fomos surpreendidos quando, integrada no projeto, está incluída uma parcela que é do município. Não me restou alternativa senão embargar a obra”. Estes terrenos da Câmara terão cerca de 400 metros quadrados e são “domínio privado municipal”, “uma cedência, aquando da construção do empreendimento Cidade Nova e da abertura da Rua António Sérgio, concluídas há mais de 20 anos”, na área envolvente à nova construção.
“Acho isto estranhíssimo. Irei apurar responsabilidades até às últimas consequências”, disse ainda o autarca, afirmando que tem “a obrigação de defender os interesses dos vilacondenses”.
Já do lado da José Castro & Filhos SA, promotora da obra, o administrador Nuno Castro considera que, “se foi entendido pelo município que os trabalhos que estiveram a ser executados extravasaram as autorizações administrativas existentes, naturalmente vamos averiguar junto das entidades executantes e de imediato repor a legalidade”.
Resta saber durante quanto tempo durará este embargo.