1ª fase da linha de Alta Velocidade vai custar 20% mais que o previsto

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E o concurso público ainda nem sequer foi lançado.

Setembro de 2022. Data escolhida pelo Governo para a apresentação pública da Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa, para a qual se prometia, futuramente, uma viagem de comboio sem paragens entre Porto Campanhã e Lisboa-Oriente faça o trajeto em apenas 1h19.

Bom, estamos agora em janeiro de 2024, mês limite para o Governo lançar o concurso público internacional para a 1ª fase desta LAV, de modo a não perder o apoio de 729 milhões de euros do PRR, e temos novidades sobre o custo desta gigantesca obra.

Aquando da apresentação do projeto, estimava-se um investimento de 3000 milhões de euros para a Fase 1, que integra o troço entre o Porto e Soure, e 1900 milhões de euros para a Fase 2, entre Soure e o Carregado. Mas como tem acontecido com tantas outras obras, os custos vão disparar.

Segundo o ECO, que falou com fonte do Governo, a Fase 1 da Linha de Alta Velocidade vai ficar bem mais cara, passando dos cerca de 3.000 milhões de euros para os 3.550 milhões de euros. É que esta 1ª fase foi subdividida em dois lotes: Porto-Oiã, no distrito de Aveiro, e Oiã e Soure – e ambos os lotes vão ficar bem mais caros.

De acordo com a mesma fonte, o primeiro lote, que diz respeito ao troço Porto-Oiã, passa dos 1.650 milhões de euros para 1.950 milhões de euros. Já o troço Oiã-Soure sobe dos 1.300 para 1.600 milhões de euros.

Trata-se de um investimento gigantesco, e é por isso mesmo que Portugal se vai munir de diversos apoios. Um desses apoios diz respeito aos fundos europeus do Mecanismo Interligar a Europa (MIE), que pode garantir um montante de 729 milhões de euros. Está também assegurado um financiamento de 625 milhões com o Banco Europeu de Investimento, pagamentos antecipados pelo Estado e, claro, valores a acordar com as empresas que ficarem com a concessão da linha.

E sobre a concessão da Linha, fonte da Infraestruturas de Portugal afirmou ao ECO que prevê uma concessão de 30 anos, sendo que cinco serão destinados à construção da linha, com os restantes 25 anos assegurados para a manutenção e gestão da linha. E ainda que esta linha seja propriedade do Estado, resta saber se, eventualmente, teremos outra empresa a fazer circular comboios além da CP.

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