Startup cria solução nutritiva e sustentável graças a grilos

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Uma farinha alimentar obtida a partir de insetos é o que propõe o projeto Sustainable Protein da startup portuguesa Nutrix. Esta é uma solução nutritiva e sustentável do ponto de vista ambiental, estando em linha com as recomendações da FAO (ONU). O projeto, desenvolvido para incorporação em produtos de consumo humano, tem como base os grilos. Estes insetos são considerados animais de baixo risco, no que diz respeito à transmissão de doenças de animais para humanos, e serão produzidos especificamente para o efeito. A sua produção provoca um menor impacto ao nível do consumo de água, utilização de solo arável e emissões para a atmosfera, quando comparada com a produção de outras proteínas animais, como a carne.

“A forma como atualmente produzimos proteína animal é insustentável do ponto de vista ambiental, se tivermos em conta o crescimento previsto para a população mundial. Adicionalmente, há cada vez uma maior preocupação dos consumidores com os vários impactos que os seus alimentos têm. Introduzir os insetos na alimentação é uma solução positiva e uma boa oportunidade, na medida em que Portugal dispõe de condições climatéricas muito favoráveis a esta produção, beneficiando ainda de uma excelente credibilidade em matéria de segurança alimentar”, refere José Gonçalves, líder do projeto e fundador da startup Nutrix.

Em 2050, o mundo terá 9 mil milhões de pessoas. A produção alimentar quase terá de duplicar, segundo um relatório publicado pela FAO (ONU) em 2013. Neste sentido, a própria FAO sugere que os insetos comestíveis representam uma oportunidade significativa do ponto de vista de uma solução alimentar acessível e ambientalmente sustentável.

Sustainable Protein destacado com prémio de empreendedorismo

O projeto Sustainable Protein foi o vencedor do Prémio IEFP da edição anterior do Arrisca C, um programa de empreendedorismo e inovação ao nível nacional. A assinalar este ano a sua 10ª edição, o Concurso de Ideias e Planos de Negócio – Arrisca C recebe, até dia 4 de novembro, candidaturas para aquele que é um dos mais ambiciosos programas na área do empreendedorismo e inovação nacional.

Com categorias dirigidas a jovens estudantes do Ensino Secundário e Técnico-Profissional, e a jovens do Ensino Superior ou recém-diplomados há menos de cinco anos, provenientes de qualquer instituição de Ensino Superior do País, este concurso já apoiou a criação de mais de 25 empresas.

Esta iniciativa da Universidade de Coimbra e de vários parceiros que no total vai atribuir cerca de 150 mil euros em prémios, que incluem desde valores monetários até à incubação gratuita de empresas, apoio na elaboração e consolidação de planos de negócio, apoio na realização de protótipos e no desenvolvimento de imagem e branding corporativo, passando pelo apoio contabilístico, ou o apoio na elaboração de candidaturas a financiamentos europeus e à internacionalização, entre outros.

Dividido em duas categorias, o concurso Arrisca C visa premiar, por um lado, as melhores Ideias de Negócio ainda em fase de conceção e sem plano de negócio desenvolvido, por outro, os melhores Planos de Negócio que apresentem projeto para a constituição de uma empresa. Com vista a potenciar e apoiar as políticas de apoio e formação ao empreendedorismo jovem, é na categoria das melhores Ideias de Negócio que o Arrisca C lança ainda o Prémio Ensino Secundário, dirigido a jovens estudantes do Ensino Secundário e Técnico-Profissional.

Com a experiência e o sucesso das edições anteriores, o Arrisca C tem-se revelado um projeto ambicioso. Ao fim de 10 anos, com cerca de 820.000€ em prémios distribuídos, mais de 700 projetos candidatos, envolvendo mais de 2.000 promotores e mais de 25 empresas criadas, esta iniciativa aumentou a fasquia e transformou esta última edição num marco na propagação de ideias e projetos inovadores.


 

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