Um fim de semana (de paixão) com o MINI Cooper D

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Podemos começar por dizer que neste fim-de-semana ao volante de um MINI Cooper D 1.5 116cv 3p, gentilmente cedido pela BMW Portugal para este ensaio, criámos uma relação de Amor-ódio com este veículo.

Porque falamos de Amor-ódio? Porque existem sempre coisas que não gostamos pessoalmente em relação ao nosso parceiro, e não há como negar isso. Porém, como muitas vezes o amor fala mais alto, temos o que temos e estamos com quem estamos e, no fundo, temos mais amor deste Mini com este fantástico novo look do que propriamente coisas que não gostamos.

bwj3YryLyeJJQQ0Y4JrIGIpKSCAoZHCDnlhl eMIvcYOCpikgckMc3EWsINeste teste percorremos circuitos urbanos, citadinos e ainda fomos à magnífica Serra da Arrábida. Testámos bem os seus (bons) consumos, a sua performance, entre tantos outros aspetos que nos deixaram enamorados com esta paixão de 4 rodas e um motor.

Falando mais tecnicamente, a nível de conforto, aquele friso de cima junto ao puxador, que corre a porta inteira, é algo de (bastante) incomodativo, já que sai bastante para fora para quem gosta de fazer o seu “Cruise” com as janelas abertas e o belo do bracinho de fora. Afinal de contas, há tradições que gostamos de manter com a qualidade a que já estamos habituados, tal com os bancos traseiros. Neste caso, se tivessem mais alguns graus de inclinação, seriam bastante confortáveis para um adulto!

Indicado para condutores experientes

Passando para outro ponto menos “grave”, a nível de motorização é que podia ter mais um “pózinho mágico” ou ligeiramente mais binário, apesar de ficarmos gentilmente agarrados às backets (ou assentos) desportivas do pack (Chili) que testámos quando o binário impõe a sua presença.

Bom, e como estamos a falar de coisas menos positivas que testámos no carro, não é com bons modos que dizemos isto, mas o Mini requer uma pessoa experiente para a sua condução. É que quando necessitamos de realmente fazer uma travagem/paragem mais a sério, a traseira levanta e fica ligeiramente solta para ir para onde quiser se não tivermos mão nele. Tal como brincadeiras sem o controlo de tração para os menos experientes, é algo totalmente desaconselhado.

Os LEDs em contorno de todas as óticas frontais que dizem “ESTOU AQUI!” são inconfundíveis, os faróis traseiros em LED que denunciam toda a sua raça e pedigree mostram-nos claramente que há carinho e dedicação na produção e detalhes deste carro… Já os bancos desportivos, espetaculares por sinal, colam-nos ao banco e não nos deixam mexer dali. E ainda bem, até porque são bastante confortáveis.

A suspensão firme, porém, bastante confortável, e o Go-kart feeling continuam presentes, o que nos indica que a receita de qualidade habitual continua bem visível.

O sistema de infotainment ou infoentretenimento, ao contrário do que é dito por outros, é bastante intuitivo e bem feito. Por exemplo, emparelhar um dispositivo móvel deixou de ser uma dor de cabeça e uma tarefa impossível, algo que era impensável há anos, em que muitos pensavam ser preciso tirar um curso de engenharia para que o Bluetooth funcionasse à primeira no seu dispositivo.

Há ainda uma App BMW para interagir com o carro, mas infelizmente não a conseguimos usar, já que isto é algo mais exclusivo para os clientes.

Sim, também podemos ouvir as nossas músicas no Spotify diretamente e sem complicações, algo que o sistema de som da Harman Kardon faz, e muito bem, deixando-nos a querer ouvir vários temas sem fim.  E para aqueles que pensam que, provavelmente, continua a mesma receita de um LCD aborrecido, desenganem-se. Agora existe um ecrã tátil, o que facilita muito para não depender apenas dos botões.

SCEoq1BUiQAlaQX0Ope7HnAMzREF5A nível mecânico e mais técnico, a zona da baía do motor está melhor organizada, tendo os componentes sido distribuídos de forma mais correta em relação ao passado, eliminando-se, logo à partida, algumas problemáticas, o que, na nossa opinião, tornou o Mini um carro mais completo e genial de se trabalhar para aqueles que gostam do DIY ou apenas de alterações.

O Diesel está bem. E recomenda-se

Neste último ramo, a Mini enquanto marca a nível de personalizações de origem está bastante à frente em relação a concorrentes e respetivos modelos.

Este MINI Cooper D vinha equipado com um motor 1.5 a diesel com 116 cavalos, e desenganem-se aqueles que dizem que o diesel é uma coisa do passado e que está a morrer. Este motor está bem desenvolvido e tem uma vida longa pela frente.

Os consumos que faz (e fez connosco), mesmo com motorização automática de embraiagem dupla e sete velocidades, mostram que esta opção a diesel é, possivelmente, melhor escolha para carro citadino em relação à gasolina e questões ambientais (o dito cujo de nome NOx), que se tornaram bastante mais severas desde os novos acordos e novas normas do dito “WLTP” ou “Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure“.

O Cruise Control é algo indispensável nos dias de hoje e funciona tão bem, mesmo até no trânsito, onde mal chegámos aos 50 km/h. Basta pressionar um botão que o sistema faz tudo por nós, tendo sido algo que nos deixou realmente admirados.

hpNOO4lxkEPsu6Q7eoxv9I3MypQKI8lFQWnQCP0UN AzwJbSlvf5LuBnwKRgzC yyr2TBrpomiuPYGKT2hJJggCKrXt8PGi5IvmQgNhnwr0BLJDhJhuuOcWq76H2bNUVB4ND2hft=w2400Aliás, foi mesmo a cereja no topo do bolo, já que, para fazermos os nossos “cruises” habituais, nada melhor do que tirar o pé do acelerador e o cruise control fazer o trabalho enquanto descansamos, seja após um dia longo de trabalho ou para conversar de forma mais descontraída com a pessoa que nos acompanha sem que tenhamos de nos distrair no caminho.

Agora um último ponto, em que ficámos algo tristes, mas que não se enquadra propriamente numa coisa má, já que não vinha no pack.  É mais um à parte. Se quisermos brincar um pouco para descontrair ou optar por uma condução mais “desportiva”, o aconselhado é mesmo a opção com as patilhas no volante ou “paddle shifts”. Facilita imenso a condução e o prazer da mesma, visto que a caixa em “manual” ou “Sport” reage excelentemente.

Texto de: Rui Rodrigues

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