Conjunto Corona no Pérola Negra: A abrir caminho para o Super Bock Super Rock

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Foi na passada sexta-feira, dia 6 de abril, que o Conjunto Corona subiu ao palco do Pérola Negra, bem no coração da cidade do Porto, no âmbito da 1ª de 7 datas do Road to Super Bock Super Rock, que consiste num circuito de 25 concertos promovidos pela Super Bock, em parceria com o Maus Hábitos e a Música no Coração. Esta iniciativa irá abranger 25 bares, de 16 cidades de norte a sul do país. Para além de Conjunto Corona, farão parte deste circuito Conan Osiris, Glockenweise, Galgo e Sallim.

Depois de mostrarem a veia mais “empreendedora” de Corona com o álbum Cimo de Vila Velvet Cantina, onde exploravam o mundo dos negócios obscuros e dos bares de alterne, foram empurrados para a periferia da cidade Invicta devido à gentrificação da baixa, mais exatamente para a famosa rotunda de Santa Rita. Foi aí que nasceu o quarto álbum de originais, de seu nome Santa Rita Lifestyle, lançado em outubro de 2018, e também o quarto capítulo de vida de Corona, uma personagem imaginária criada pelo produtor dB (David Bruno) e o rapper Logos.

O relógio já marcava as 23 horas, ou seja, a hora indicada para o início do evento. Porém, à entrada do Pérola Negra registava-se uma fila em crescendo e que motivou alguns olhares mais curiosos que por ali passavam. Adivinhava-se, pois, casa cheia para receber o coletivo de Hip-Hop portuense.

Depois de abertas as portas, rapidamente a sala encheu e os mais jovens foram, sem perder tempo, guardando o seu lugar bem junto do palco. O fervor era crescente e sentia-se um ambiente de grande entusiasmo na sala que culminou com a entrada de Conjunto Corona. O Homem do Robe deambulava pelo palco enquanto dB, Logos e Kron Silva ocupavam os seus postos e agarravam nos microfones para dar um início absolutamente explosivo com “187 no Bloco”, do mais recente álbum Santa Rita Lifestyle. Épico!

O público trazia a lição bem estudada de casa e acompanhava quase sempre os rappers ao entoar bem alto não só os refrães, como boa parte das letras de cada música. dB foi conduzindo o espetáculo, e que espetáculo! Mais parecia um Honda Civic de 92 a driftar descontroladamente na rotunda de Santa Rita. Foi preciso alguma água na fervura, não fossem as colunas que se encontravam nas laterais do palco tombar, e é então o momento certo de apresentar “Eu não bebo Coca Cola eu snifo”, uma das faixas com um beat mais chill do mais recente álbum.

Após terem “espremido” “Santa Rita Lifestyle”, houve ainda espaço para tocarem músicas de outros capítulos do Corona, tais como “Mafiando bairro a dentro” (Cimo de Vila Velvet Cantina), “Pontapé nas costas” (Lo-fi Hipster Trip) e, por fim, “Chino no olho” (CVVC), que, a par com “Santa Rita Lifestyle”, foi tocada em dose dupla, e ninguém se ralou com isso com certeza.

Foi um grande arranque do Road To Super Bock Super Rock e um concerto que vai ficar na memória do Conjunto Corona, como o próprio David Bruno foi exclamando por diversas vezes durante o espetáculo.

Fotos de: Telmo Pinto

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