Companhias aéreas estão a prolongar tempos dos voos para fugirem às compensações aos passageiros

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Ao invés de reduzi-los, parece que as companhias aéreas estão a prolongar os tempos previstos para a duração dos voos para evitarem compensar monetariamente os passageiros.

É o que diz um estudo da Which?, organização britânica de defesa dos consumidores, que, após estudar algumas rotas operadas por companhias como a British Airways, EasyJet, Ryanair, entre outras, concluiu que essas mesmas rotas estão agora até 35 minutos mais lentas do que anteriormente. Estudos anteriores desta e outras organizações especializadas em dados de viagens aéreas já haviam revelado que muitas companhias aéreas têm atuado desta forma.

Na prática, é uma tática que permite às companhias alegarem melhorias na sua performance, bem como evitar em algumas circunstâncias o limite de três horas para atrasos, o qual permite aos passageiros afetados exigir compensações financeiras.

Já a AirHelp, empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos e líder mundial na obtenção de compensações por perturbações em voos, após fazer um estudo dessas rotas prolongados, concluiu que as as transportadoras aéreas estão mesmo a evitar a obrigação de pagar milhões de euros em compensações ao recorrer a essa tática. A título de exemplo, só este ano, e a nível global, as companhias escaparam a pagamentos que ascendem aos quatro milhões de euros.

De recordar que se as companhias aéreas forem responsáveis por atrasos superiores a três horas, cancelamentos ou recusas de embarque, terão de pagar uma compensação de até 600 euros por pessoa, de acordo com a legislação da UE, além do agendamento de nova viagem ou do reembolso do bilhete. As condições para que tal aconteça determinam que o aeroporto de partida se encontre dentro da UE ou que a companhia aérea tenha sede na UE.

Além disso, a razão da perturbação deve ser causada pela companhia. O direito à compensação financeira deve ser reclamado no prazo de três anos a contar da data da perturbação.


 

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