Churky: “O meu disco tem uma sonoridade mais retro, mais psicadélica”

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Cantor, compositor e produtor que navega pelas águas do pop rock, com nuances psicadélicas, Churky é o projeto do músico Diogo Rico Rodrigues. No ano passado foi o vencedor do EDP Live Bands e, desde então, atuou em palcos de festivais como NOS Alive, Mad Cool (Espanha) e Belém Art Fest.

Esta sexta-feira, dia 8 de fevereiro, Churky edita É, o seu álbum a solo, sob o selo da Sony Portugal. Enquanto esse dia não chega, podem conhecê-lo um pouco melhor nas linhas que se seguem numa descontraída entrevista ao Echo Boomer.

Nuno Martins: Como surgiu a paixão pela música?

Churky: Desde criança que tenho instrumentos espalhados por casa. Os meus pais sempre gostaram muito de música, apesar de não serem músicos. Desde sempre que me lembro do meu pai a tocar guitarra lá por casa e os poucos acordes que sabia, ensinou-me. Aos 2 anos também recebi uma bateria que ainda hoje tenho. Nunca mais larguei os dois desde então.

Como surgiu o nome Churky? Podemos encarar como um alter-ego?

Churky é alcunha desde muito pequeno. Utilizava como nickname num jogo de computador, e foi ficando, ficando, até já ninguém saber que eu me chamava Diogo.

No ano passado venceste o EDP Live Bands, sentes que essa vitória facilitou o processo que culmina com a edição do álbum “É”?

Sem dúvida. Houve muita porta que acabou por se abrir com mais facilidade, o que me ajudou a fazer chegar a minha música a mais pessoas, mais lados, mais ouvidos.

Churky
Foto: João Cordas

O disco “É” está prestes a ver a luz do dia, já podes levantar um pouco o véu sobre o que podemos esperar?

Não muito. Mas posso dizer que é um disco onde procurei outras sonoridades, outras viagens. Sem fugir do pop-rock que faço habitualmente, sinto que este disco tem uma sonoridade mais retro, mais psicadélica até em certas partes da viagem.

Entre “Golden Riot” e “É”, passaram quase quatro anos, foi um processo de maturação musical?

Na verdade, a diferença entre os dois é bem maior, pois o Golden Riot é o disco que tem todas as minhas primeiras canções, muitas delas com muitos anos mesmo, mas que eu não quis deixar de fora. Hoje a música é diferente porque eu também sou uma pessoa diferente, e acredito que daqui a outros tantos anos já serei alguém novo, com música nova. A arte para mim reside nessa mudança.

Quais as tuas maiores influências musicais?

Eu cresci a ouvir Punk e Indie-Rock. Bandas como os The Strokes, Artic Monkeys, Weezer e Green Day foram as minhas primeiras paixões. Anos mais tarde fiz um digging em vários estilos de música e gostei tanto de tanta coisa diferente que a minha vida nunca mais foi a mesma. Mas acho que a mudança mais radical foi quando descobri (bem) os Beatles e a música brasileira. Game Changer.

Churky
Foto: João Cordas

A produção musical é uma paixão ou uma necessidade?

Foi sendo uma necessidade que virou paixão.

Para além da música, tens mais alguma grande paixão?

Tenho. Viajar!

Qual a situação mais embaraçosa que já te aconteceu num concerto?

Já caí uma vez em palco, mas não foi muito embaraçoso na verdade. Mas lembro-me de um concerto em que um rapaz do público fez um crowdsurf no vazio. Essa doeu.

Qual o disco da tua vida?

Confesso que ainda não descobri. Sempre que perguntam isso dou os meus preferidos: Dookie dos Green Day, Is This It dos The Strokes o Ventura dos Los Hermanos e claro o Srgt. Peppers dos Beatles.

Qual o último disco que te deixou maravilhado?

Outras Palavras, de Caetano Veloso.

Qual o melhor concerto a que já assististe?

Já vi alguns incríveis. Os dois últimos que mais gostei foram o Caravanas do Chico Buarque (no Coliseu) e o dos Fleet Foxes no Madcool Festival ’18 em Madrid.

Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?

Gostava muito de ver os Lemon Twigs, os Foxygen e claro, os Los Hermanos.

Projetos para o futuro?

Mais discos, mais poesia e mais amor.

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?

“Conversa de Botas Batidas”, dos Los Hermanos. Já deu para ver que sou mesmo fã, não é?

Os concertos de apresentação do álbum É acontecem a 14 de março, no Teatro Aveirense, em Aveiro, a 22 de março, no Musicbox, em Lisboa, e, no dia seguinte, no Cine-teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro, em Alcobaça.

Fotos de: João Cordas

Texto de: Nuno Martins

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