Apenas 15 a 20% do lixo eletrónico é reciclado a nível mundial

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Este problema do lixo eletrónico e outras problemáticas foram alvo de debate no evento e-Waste Summit |Tecnologia Sustentável na Era Digital, promovido pela LG Portugal e ERP Portugal. A iniciativa juntou especialistas, académicos e membros do Governo em Lisboa para refletir sobre Tecnologia Sustentável na Era Digital.

A organização do e-Waste Summit surge no âmbito da estratégia de Responsabilidade Social e Corporativa da LG Eletronics, cujo principal objetivo é a criação de um sistema de gestão e um portfolio que assegurem um ambiente melhor, contribuindo para que as comunidades onde operam tenham uma vida melhor, tanto a nível social como ambiental.

Um dos objetivos deste evento foi o de consciencializar os portugueses para a importância de neutralizar algumas das principais ameaças ambientais, entre as quais se insere o “lixo eletrónico”, do qual apenas 15 a 20% é reciclado a nível mundial.



Aliás, prevê-se que, daqui a dois anos, o valor de lixo eletrónico produzido ascenda a 52 milhões de toneladas. Por isso, é mais importante que nunca a reciclagem.

Lixo eletrónico: os números

Segundo estimativas das Nações Unidas, em 2016, foram produzidas 44,5 milhões de toneladas de REEE em todo o mundo. No caso da Europa, a percentagem de resíduos recolhidos é de 35% de 12,3 milhões de toneladas produzidas.

O volume de lixo eletrónico aumentou globalmente 8% em apenas dois anos, entre 2014 e 2016, de acordo com o estudo “Observatório Global de Lixo Eletrónico 2017“. Com base em dados de 180 países, os especialistas sublinham que a produção mundial de lixo eletrónico aumentou mais de 30% em menos de uma década. Em 2025, a população mundial deverá gerar 53,9 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos por ano, caso se mantenha o atual crescimento na ordem dos 3% anuais, uma vez que se prevê que o crescimento da população aumente a produção de resíduos por cada pessoa em cerca de 20% em todo o mundo, passando dos 5,6Kg para os 6,7Kg por habitante e por ano.



Por outro lado, cerca de 60% do lixo eletrónico (dispositivos elétricos e eletrónicos sem utilização, obsoletos ou usados), que produzimos acaba em aterros. Do volume total produzido mundialmente, sabe-se que apenas 15 a 20% é reciclado embora, quando devidamente tratada, a maior parte dos componentes utilizados nos equipamentos elétricos e eletrónicos (plástico, metal e vidro) possa ser reaproveitada e transformada em nova matéria prima.

e-Waste em Portugal

Em Portugal, com base na informação publicada nos relatórios de atividade das entidades gestoras, foram recolhidas em 2017 aproximadamente 63 mil toneladas de REEE. Estes resíduos foram encaminhados para tratamento, tendo sido igualmente cumpridos os objetivos de valorização e reciclagem, por categoria de REEE.

As recolhas de REEE na rede de recolha de proximidade da ERP Portugal, referentes a 2017, indicam que cerca de 43% dos resíduos recolhidos, em peso, foram de grandes eletrodomésticos (máquinas de lavar, fornos, fogões, por exemplo), seguidos dos equipamentos de frio, televisões e monitores, pequenos domésticos e lâmpadas. Em 2017, os distritos de Lisboa e Porto foram responsáveis por cerca de 88% dos resíduos recolhidos na rede de proximidade da ERP Portugal.



Até ao final de 2015, a meta nacional de recolha destes resíduos apontava para os 4kg/habitante, tendo aumentado em 2016 para 45% dos equipamentos colocados no mercado nacional nos três anos anteriores, considerando o peso total dos REEE recolhidos provenientes de utilizadores, particulares e não particulares. Esta meta de recolha tem sido cumprida pelas entidades gestoras licenciadas para a gestão deste fluxo específico de resíduos.

Este ano aumentou para 65% do peso médio dos equipamentos disponibilizados no mercado nacional nos três anos anteriores. Este número equivale a um aumento de 20% na meta de resíduos a recolher.

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