Análise instax SHARE SP-3: imprimir fotos onde, quando e como quisermos

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Foi no passado mês de novembro que o Echo Boomer foi convidado a conhecer a novíssima instax SHARE SP-3, da Fujifilm, a impressora portátil e sucessora da SHARE SP-2, que, nesta nova versão, apresenta-se num formato quadrado, reminiscente das antigas fotografias Polaroid.

Conseguimos ter logo um exemplar para testes, e, agora que está disponível para compra em Portugal, está na altura de avaliar se poderá ser uma boa aquisição nesta Natal.

Começando pelo tamanho, a Instax Share SP-3 não é a impressora mais portátil do mercado, nem a mais leve. Aliás, estes foram aspetos que nos deixaram algo surpreendidos, já que se torna difícil de a levar num bolso, mas tem as proporções aceitáveis para ser transportada numa pequena mala. Com dimensões de 116 mm x130.5 mm x 44.5 mm e 312 gramas de peso, a Share SP-3 apresenta um tamanho generoso, mas necessário, algo que se vem a revelar mais tarde na prática.

A nível de design, a nova impressora da Fujifilm apresenta um aspeto angular, sóbrio e moderno, que, no seu todo, mais parece a junção de várias figuras geométricas. É um gadget sofisticado capaz de despertar a curiosidade de muita gente e que traz elegância ao local onde estiver inserido.

Mas a promessa desta impressora de Fujifilm está mais dirigida para a mobilidade e para a oferta da fotografia instantânea, utilizando as imagens captadas com o nosso smartphone.

Primeiro, é necessário fazer o download da aplicação Instax SHARE, pois só assim será possível imprimir as fotos. Depois, basta ligar o nosso dispositivo móvel e a Instax SHARE SP-3 à mesma rede Wi-Fi e estamos prontos para começar a imprimir.

A aplicação apresenta diversas opções como: tirar uma foto no momento e imprimir; escolher fotos da nossa galeria ou, ainda, imprimir diretamente de uma das nossas redes sociais (Instagram, Facebook, Weibo, Dropbox, Google Photos, Flickr, entre outras).

O processo de impressão é bastante rápido. Demora cerca de 13 segundos desde o momento em que a imagem é transferida para a memória da SP-3 até termos a nossa fotografia na mão. Esta ação apresenta um pequeno ruído de impressão que, apesar de audível, não incomoda.

As fotos saem com uma resolução aproximada de 800×600 pixéis e 320 dpi e demoram, no máximo, cinco minutos até apresentarem todos os elementos da imagem. É bastante engraçado ver o efeito de como a película Instax Square começa a ganhar vida à medida que os segundos passam, um processo também ele reminiscente das fotografias instantâneas das Polaroids.

instax Share

O resultado final da impressora é impecável e bem definida, como se tivesse sido revelada num fotógrafo. Claro, a qualidade da foto está, também, dependente da qualidade da foto original. A impressão não faz milagres como remoção de ruídos ou recomposição de imagem, mas, quando a fotografia original é boa, o resultado final merece ser colado na parede ou guardado no nosso álbum.

Por defeito, a aplicação seleciona o modo Image Intelligence, que ajuda a optimizar automaticamente a luminosidade durante a impressão. Podendo não ser do agrado do utilizador e, por vezes, estragar a imagem original, pelo que pode ser desativado para um resultado mais cru.

Há, porém, um pequeno grande problema: fotos muito claras nunca revelam todos os detalhes esperados, apresentando baixos contrastes em que os tons aproximados se misturam, especialmente se a imagem escolhida possuir muitos elementos em branco. Esta cor sai demasiado brilhante e realçada, o que acaba por estragar a foto. Se a imagem original tiver muita incidência de luz, o resultado final na Instax SHARE será, infelizmente, desastroso.

Existem outros três aspetos que devem ser revistos futuramente. Por exemplo, quando se escolhe imprimir fotografias diretamente do Facebook, o resultado final vem com indicador de gostos e de comentários embutido, sendo que seria interessante poder desativar esta função. Uma vez que a aplicação não o permite, a única solução passa por guardar as fotografias no dispositivo primeiro, acabando por tornar redundante a impressão direta da rede social.

O outro aspeto negativo está relacionado com a tradução efetuada na aplicação. Apesar de ser algo que não afeta diretamente a experiência, a aplicação, além de estar em Português do Brasil, apresenta erros de tradução de nos fazer torcer o nariz.

O último ponto negativo é o seu preço de 199€. É um preço demasiado elevado para uma impressora portátil e, tendo em conta que existem outras opções no mercado a preços mais reduzidos, este detalhe pode ser um problema para Fujifilm.

No que toca à autonomia, como apenas tivemos direito a dois blocos de 10 películas cada, não conseguimos perceber como a SHARE SP-3 se desembaraça neste campo.

A instax SHARE-SP3 é um equipamento muito interessante. É fácil e divertida de usar e dá um gozo tremendo ver como ficam as fotos impressas. A qualidade é bastante boa e as fotografias podem servir como presente ou para imortalizar um momento. Infelizmente é o preço que a torna pouco apetecível, acabando por ser um dispositivo supérfluo que vive mais da novidade do que da utilidade.

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