Análise – Alien: Colonial Marines (Operation Manual)

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Um ano depois de lançar o Starter Set e a extensão Destroyer of Worlds, a Free League lança o livro que era preciso para começar a criação de um mundo de campanha digno dos fãs ávidos de role playing games e amantes de Alien no geral.

Quando aceitei fazer a análise do RPG da saga Alien, desenvolvido pela empresa sueca Free League, deveu-se muito ao misto entre a minha paixão por Dungeons & Dragons e fanatismo pela saga Alien – adquiri recentemente o box-set dos seis filmes da saga em bluray e revi-os a todos. Na altura, li o rulebook (simplificado) e os dois adventure book de uma ponta à outra.

Apesar de ter achado ambas as narrativas bem construídas, com um enredo intrigante, desenrolado a um ritmo são, dotado de uma ótima exposição e cheio de momentos de tensão com a capacidade de cortar a respiração, faltava algo muito importante. Falo, pois, das bases de apoio para desenvolver o universo para além dessas duas estórias, mantendo as coisas interessantes e cativantes.

O manual de operações, chamado Colonial Marines, surge para colmatar essa necessidade. E fá-lo com distinção. Estando habituado ao modelo de Dungeons & Dragons, onde temos o Player’s Handbook, o Dungeon Master’s Guide, o Monster Manual e, depois, os livros de campanha em separado – onde está tudo bem segmentado, dividindo a criação de personagem, a criação do mundo e regras, a informação sobre os monstros e o enredo da campanha em livros diferentes -, é estranho ver tudo combinado num só livro.

No entanto, não passa de ser só estranho, visto que não há uma fórmula base para como a informação sobre cada RPG é montada. Basicamente, a estrutura é algo semelhante ao Rulebook, dividido em duas secções: uma para os jogadores (capítulos 1-5) e outra para o Game Mother (capítulos 6-10). Neste caso concreto, o Colonial Marines surge como um módulo de campanha, que dá ao Game Mother todas as ferramentas necessárias para desenvolver e executar uma campanha em mundo aberto em torno dos Colonial Marines.

Alien: Colonial Marines (Operation Manual)

Neste livro imponente de 352 páginas, podem encontrar a história e contexto organizacional da ilustre United States Colonial Marines Corps (USCMC) – fortemente representados em Aliens (1986) -, as regras expandidas de criação de personagem para todos os tipos de soldados, um capítulo extensivo dedicado a material (armamento e veículos), a estrutura e história de fundo da The Frontier War, os poderes e agendas de todas as nações envolvidas, seis missões independentes que prometem muitas horas de diversão e o “The Endgame”, que basicamente funciona como missão de desfecho contra um inimigo mortífero de outro nível. Só as missões são um terço do livro e têm a minha garantia que estão esmiuçadas ao pormenor.

Todo o livro encontra-se bem organizado e segue uma linha visual sóbria com um formato ajustado à saga, semelhante aos livros do Starter Set e da extensão. Esta uniformização torna mais fácil ser-se metódico na hora de absorver e assimilar a informação contida ao longo de dezenas de páginas. Para além disso, também somos presenteados com inúmeras ilustrações que contribuem em muito para perceber o que é retratado. A qualidade dos materiais usados é, mais uma vez, fantástica. Algo que já tinha elogiado antes e continuarei a elogiar enquanto for mantido este rigor.

Colonial Marines tem o custo de 36,71€ e serve de complemento ao rulebook. Não pode, no entanto, ser usado independentemente, pois usando-o dessa forma (sem ter o rulebook), é impossível dar início a uma campanha. No caso de serem fãs de RPG e este for o vosso primeiro contacto com o universo, aconselho a começarem pelo starter set, no qual já vem incluido um rulebook simplificado. No caso de ficarem fãs do modelo de jogo, aconselho a comprarem este livro, que vai funcionar um pouco como um livro de campanha dedicada, o primeiro de todas.

You’re going out theree to destroy them, right? Not to study, not to bring back, but to wipe them out.” // “That’s the plan. You have my word on it.”
– Ellen Ripley e Carter J. Burke (em Aliens, 1986)

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