Oficial: Aeroporto do Montijo vai mesmo avançar

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Demorou, mas vai mesmo acontecer. Foi hoje assinado, na Base Aérea Militar do Montijo, o acordo entre a ANA – Aeroportos de Portugal e o Estado, que vai permitir avançar com a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.

Por outras palavras, serão feitas obras na base aérea da Força Aérea do Montijo, para que, em 2022, esteja pronta para o uso civil. É naquele local que irá nascer o Aeroporto do Montijo.

Como parte do acordo assinado hoje, a ANA investirá 1,15 mil milhões de euros até 2028, incluindo 650 milhões de euros para a primeira fase da extensão do atual aeroporto de Lisboa, e 500 milhões de euros para a abertura de um novo aeroporto civil no Montijo. 156 milhões de euros serão investidos para compensar a Força Aérea e melhorar acessos ao Aeroporto Humberto Delgado e ao futuro aeroporto no Montijo.

Para o primeiro ano de funcionamento do novo aeroporto, esperam-se cerca de sete milhões de passageiros, número esse que poderá facilmente duplicar nos primeiros tempos se tivermos em consideração que as taxas aeroportuárias serão até 20% mais baratas do que as praticadas no Aeroporto da Portela.



Com a redução de valores, facilmente se conseguirá atrair a atenção das companhias aéreas. Previstos estão 24 movimentos por hora no Montijo, sensivelmente metade do que se prevê para o Aeroporto Humberto Delgado.

O objetivo deste novo aeroporto é precisamente o de reforçar a capacidade do Aeroporto de Lisboa, que tem estado a operado no limite da capacidade. Aliás, são recorrentes as vezes em que acontecem atrasos, ora na altura do check-in, ora na altura de levantar voo.

Ou seja, ainda antes de abrir o novo Aeroporto do Montijo, o de Lisboa deverá ser ampliado com novo balcões para check-in, bem como novo espaços para questões relacionadas com bagagens e raio-X.

No Montijo, o aeroporto será para aviões de voos de curto e médio curso, embora possa ser utilizado para voos mais longos, claro. Ao que tudo indica, terá uma pista de 2400 metros de comprimento com 36 posições de estacionamento para as aeronaves.

Já o edifício central, onde estarão os passageiros, terá mais de 100 mil metros quadrados. Existirão também 10 balcões de check in e 11 equipamentos raio-x.

Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, realço ainda que “o novo aeroporto vai proporcionar o aumento do turismo fluvial no estuário do Tejo, que hoje tem poucos ou nenhuns barcos. Será um ponto essencial de ligação turística a esta região”.



Portanto, a ligação fluvial entre o Cais do Seixalinho, no Montijo, e Lisboa terá uma deslocação de cerca de 25 minutos. Além disso, será construída uma circular externa no Montijo e a criação de uma nova autoestrada de acesso direito do aeroporto à Ponte Vasco da Gama.

Em todo o caso, Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, garantiu ao programa Bom dia Portugal, da RTP, que “não haverá obras no aeroporto complementar do Montijo que violem qualquer regra ambiental sem obtenção da declaração de impacto ambiental”.

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